3 de Abril de 2018
Há quem tenha considerado o pronunciamento da presidenta do STF Cármen Lúcia, a Carminha, uma preparação do espírito da esquerda para o pior, qual seja, a prisão de Lula e, consequentemente, a rejeição do habeas corpus para o petista nesta quarta (4). A ministra falou ontem (2) à noite pela TV Justiça em “serenidade”, “ressentimentos”, “pluralidade”, “diferenças ideológicas”, mas ela ainda não desistiu de violar a Constituição Federal.
Sempre alinhada à Globo, a magistrada tem se manifestado contra à presunção da inocência cuja previsão é expressa no art. 5º, LVII, da Constituição Federal: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.”
Já foi dito antes, aqui no Blog do Esmael, que nesses tempos de ódio, vingança e ascensão do fascismo, os direitos fundamentais consagrados na Constituição são flexibilizados ao sabor dos interesses e da disputa pelo poder no país. É ‘Segredo de Polichinelo’ que parte do judiciário, em conluio com a mídia, quer Lula preso para tirá-lo da disputa presidencial de outubro. É no contexto eleitoral de 2018 que o julgamento de amanhã entrará em pauta do STF.
A mídia canalha, que mais desinforma do que informa, confunde a opinião pública ao dizer que o eventual habeas corpus para Lula terá efeito geral (erga omnes), mas não é verdade. A mentira faz parte da guerra ideológica. Os crimes ocorridos com violência e grave ameaça, que atentem contra a vida, não se coadunam com a presunção de inocência nem aqui nem na China.
Também há quem veja o pronunciamento de Carminha, ontem à noite, como reconhecimento antecipado da derrota no julgamento do mérito do habeas corpus. Portanto, é aguardar e conferir.
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