Fonte: Blog do Esmael
“Três anos se passaram e cada vez que chego à Assembleia Legislativa do Paraná ainda consigo ouvir os gritos de socorro da população, os tiros e o cheiro das bombas de gás lançadas no meio dos manifestantes”, relata o deputado Requião Filho (MDB-PR).
29 de abril de 2015 – Nunca esqueceremos.
Requião Filho*
Três anos se passaram e cada vez que chego à Assembleia Legislativa do Paraná ainda consigo ouvir os gritos de socorro da população, os tiros e o cheiro das bombas de gás lançadas no meio dos manifestantes. A revolta que começava meses antes entre os servidores nas galerias, foi seguida por uma ocupação do plenário que durou vários dias e dezenas de passeatas e movimentos que tomaram o Centro Cívico.
Tanta luta, tanta garra, tantos feridos… era 29 de abril! E aquela voz, aquele coro da multidão ainda ecoa em meus ouvidos. Eu não esqueci!
Como já conversamos em minha coluna anterior, sou oposição na Assembleia Legislativa por entender que o Governo do Paraná, nos últimos anos, não primou pelo interesse público e deixou de lado o que verdadeiramente importa ao Estado: a proteção e o bem-estar de seu povo.
Para ilustrar com bastante veemência minha posição, segue aqui um exemplo muito concreto e inquestionável de um dos motivos que acredito que todos os paranaenses deveriam considerar e se juntar a mim na oposição ao Governo do Estado: o massacre do dia 29 de abril de 2015.
Como não ser oposição a um governo que joga bombas em servidores? Que bate, aterroriza, maltrata, retira direitos e impõe sanções! Sou oposição a todos esses atos de império e covardia, que levam servidores e serviços públicos ao caos.
Em minha memória e na memória recente do Estado, o dia 29 de abril é o dia da vergonha, da infâmia, da prepotência e da certeza de impunidade… o dia em que o grande em tamanho e pequeno em cultura massacrou o professor, vulnerável na força e grande intelectualmente. Massacrou junto a ele sonhos e garantias, retirou o futuro da certeza da aposentadoria, instalando a total insegurança jurídica e previdenciária.
Faço sim oposição a este tipo de ato que jamais pensei em presenciar. Um ato em que estive firme ao lado daqueles que trabalham por dias melhores, pelo real interesse público, diferente do atual governo do Estado.
Os professores seguem seus dias implorando por reajustes e respeito e a educação do Estado segue sangrando. Sou oposição e tenho certeza que você também não esqueceu tudo o que o Paraná viveu naquele fatídico 29 de Abril!
*Requião Filho é deputado estadual pelo MDB do Paraná.
Madalena França
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