Defesa alega que 'prisão preventiva teve por objetivo ganhar popularidade', além de 'forçar uma colaboração premiada', entre outros argumentos
© Rodolfo Buhrer / Reuters
POLÍTICA TRF-4
Adefesa do ex-deputado Eduardo Cunha teve o pedido de afastamento do juiz Sérgio Moro de um processo da Lava Jato negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (18). A solicitação já havia sido rejeitada na primeira instância em fevereiro deste ano.O político foi acusado de receber 1,5 milhão de dólares como propina em uma negociação para a exploração pela Petrobras de um campo de petróleo na República de Benin.
Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por Moro, mas teve a pena reduzida em segunda instância, sendo estabelecida em 14 anos e 6 meses. A 8ª Turma do TRF-4 decidiu retirar da condenação um dos crimes de lavagem de dinheiro. O ex-deputado ainda responde por corrupção e evasão de divisas.
Como apurado pelo G1, os advogados de Cunha apresentaram dez razões para que Moro fosse suspeito do caso. Entra elas, a defesa diz que a "prisão preventiva teve por objetivo ganhar popularidade".
Também foi alegado que a transferência de Cunha da Polícia Federal para o Complexo-Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, "teve por objetivo forçar uma colaboração premiada".
O ex-deputado está preso desde 2016 e, segundo decisão de Moro, deve continuar detido durante a fase de recursos do processos, pois, da cadeia, tentou chantagear e ameaçar testemunhas.
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