A Regulação são se trata de censura a Imprensa, mas de relações econômicas com as empresas de Comunicação .
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckimin serão diplomados, na tarde de hoje, pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE). Para alguns, isso marca o início de um futuro cerceamento da imprensa por conta da ‘regulação’ do setor prometida pelo petista.
No entanto, segundo explica jornalista e presidente em seu segundo mandato à frente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques, esta é uma afirmação falsa e que na proposta de governo, não tem nenhum “dispositivo que trate sobre controle, censura, que trate sobre nada desse tipo. É uma proposta de regulação econômica das empresas de comunicação”.
Afim de comparação, Ernesto lembrou da relação de Lula para com a imprensa durante seus dois mandatos entre os anos de 2002 e 2010, que não houve, em momento algum, uma ação de destrato dele com os jornalistas.
“O presidente Lula, inclusive, quando foi anunciar os primeiros ministros, dentre eles o governador Rui Costa, ainda não tinha anunciado Margareth, ele fez uma declaração muito contundente para a imprensa, sobre o padrão de relacionamento que ele pretende ter com a imprensa, que não é muito diferente do padrão de relacionamento que ele teve”, disse em entrevista ao Portal M!.
“Diga o que quiser dizer de Lula, mas eu não tenho registro de nenhuma atitude hostil dele, mesmo quando ele era duramente denunciado, criticado, atacado. Nem mesmo contra as pessoas, acho que Lula sempre teve uma visão muito clara de que o profissional daquele veículo ali, por mais que ele não goste da função daquele veículo, é uma pessoa, é um trabalhador”, completou o presidente da ABI.
Na explicação de Ernesto, a proposta de regulação da imprensa é voltada para a área econômica das empresas de comunicação que deve se basear em parâmetros conhecidos em democracias muito consolidadas, como Estados Unidos, que desde 1943 proibiram a propriedade cruzada.
“Ou seja, o mesmo grupo não pode ter rádio, jornal, televisão… Veio um pouquinho depois com mais força. A regra é a mesma. Alguns limites que precisam ser dados para que você garanta até a concorrência. É a essência do capitalismo”, pontou o jornalista.
“Então, eu não acho que isso seja uma prioridade do governo. Eu até gostaria que fosse, mas não vi nenhuma declaração nesse sentido. E se por acaso isso for colocado em discussão, acho que a gente precisa fazer uma discussão aprofundada, séria e desassombrada, porque não vi nessa proposta nada que fragilize a democracia, muito pelo contrário. Por isso, a regulação da imprensa é uma falsa polêmica”, completou Ernesto Marques.
Postado por Madalena França
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