segunda-feira, 3 de novembro de 2014
O 1º erro do novo líder da Oposição - Coluna Fogo Cruzado
Foi por meio das redes sociais que o Brasil foi surpreendido pela falsa notícia de que o doleiro Alberto Yousseff havia sido morto por envenenamento
O TSE deve rejeitar na sessão de amanhã o pedido feito à Corte pelo deputado Carlos Sampaio (SP) para que seja feita uma auditoria no sistema de votação eletrônica da Justiça Eleitoral. O que embasou este pedido foram denúncias de supostas fraudes que chegaram ao conhecimento do PSDB por meio das redes sociais. Não há prova de irregularidade em nenhum estado. Mas mesmo assim o partido deu crédito ao que rola nas “redes sociais”, as mesmas que disseram no domingo, 26, data do segundo turno da eleição presidencial, que o doleiro Alberto Yousseff havia sido morto por envenenamento nas dependências da Polícia Federal, em Curitiba. Diante do espanto da Justiça pela inoportunidade do pedido, Carlos Sampaio acabou confessando que ele teve o “aval” de Aécio Neves, o candidato derrotado à Presidência da República. A ser verdadeira esta versão, terá sido o primeiro erro pós-eleitoral do novo líder da oposição.
A falta que Eduardo faz
Eduardo Campos não era unanimidade no PSB quando estava à frente do partido, mas sempre teve liderança para fazer valer a vontade da maioria. Prova disso foi a maneira diplomática como se livrou dos irmãos Ciro e Cid Gomes (CE). Ambos recusaram-se a apoiar o candidato do partido à Presidência da República e foram convidados a cair fora. O seu substituto, Carlos Siqueira, vai saber na reunião da próxima 4ª se tem ou não liderança para seguir no comando.
Oposição – Embora considere que a aliança do PSB com o PSDB, para apoiar Aécio Neves, foi apenas “circunstancial”, o deputado federal eleito, Tadeu Alencar (PSB), é contrário à volta do seu partido ao governo Dilma, bem como à reaproximação com o PT. Na Câmara, disse ele, fará uma oposição “firme e responsável”, mas sem deixar de apoiar “o que for de interesse do país”.
Prévia – Antes de definir candidato à sucessão do prefeito Geraldo Júlio (PSB), o PT fará um amplo debate interno para avaliar os erros cometidos nas duas últimas eleições (2012 e 2014).
Tarefa – É improvável que Pedro Eugênio, Fernando Ferro e João Paulo (PT), que não estarão mais na Câmara a partir de fevereiro, não sejam aproveitados no 2º governo Dilma Rousseff.
Campeão – Miguel Sales, o promotor do “Caso Serrambi” que morreu na última 6ª feira após um transplante de coração, foi o candidato a deputado federal mais votado em Ipojuca em 2010.
Vontade – Waldemar Borges (PSB), o líder do governo, parece não ter muito interesse em substituir Guilherme Uchoa (PDT) na presidência da Assembleia Legislativa. E como em política não existe vácuo, seu colega de partido, Aloísio Lessa (foto), já caiu em campo atrás de votos.
Recuo – Liderados de Inocêncio Oliveira já não falam mais em “desfiliação em massa” do PR em solidariedade ao chefe, que perdeu a presidência do partido por ter apoiado Aécio Neves. Muitos deles já aceitam o deputado federal reeleito, Anderson Ferreira, no comando do partido.
Fundo – A Amupe reunirá seus prefeitos, amanhã, para solicitar ao governador eleito, Paulo Câmara, a institucionalização do FEM (Fundo de Apoio aos Municípios). A proposta pode até ser boa, para os municípios, que teriam uma “quota extra” de FPM, garantida. Mas talvez não seja para o Estado, que vai começar 2015 sem um tostão em caixa sequer para concluir as obras já iniciadas.
Clamor – Gonzaga Patriota (PSB) nota um “clamor” na sociedade pela realização da reforma política, mas que reforma? Voto proporcional ou distrital? Voto obrigatório ou facultativo? Fim da reeleição ou deixa tudo como está? Cláusula de desempenho ou liberdade total para criação de partido? Financiamento público ou privado das campanhas? É preciso, primeiro, que o eleitor saiba o que é isto.
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