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quarta-feira, 15 de março de 2017

Dilma ironiza Temer: Nunca vi fantasmas no Alvorada


Folha de São Paulo
Após Michel Temer dizer em entrevista à revista "Veja" que desistiu de morar no Palácio da Alvorada porque "sentiu uma coisa estranha" e falar até em fantasmas na residência oficial, a ex-presidente Dilma Rousseff ironizou a preocupação do peemedebista.
"Morei lá e nunca teve nada disso não. Nunca vi fantasma nenhum", afirmou Dilma, que viveu no espaço entre 2011 e setembro de 2016.
"Aliás, o meu neto ficou lá dos seis meses aos seis anos e também nunca caiu", emendou a petista.
A fala fez referência a outra polêmica da curta passagem de Temer pelo Alvorada. Com a justificativa de garantir a segurança de Michelzinho, 7, fez-se uma reforma de mais de R$ 20 mil no palácio que incluiu a instalação de telas de segurança.
A intervenção foi criticada por especialistas, que disseram que a tela descaracterizava a fachada do Alvorada, que é um prédio tombado.
LISBOA

As declarações de Dilma Rousseff foram feitas em Lisboa, onde a ex-presidente participa nesta quarta-feira (15) de uma conferência sobre neoliberalismo e democracia organizada pela Fundação José Saramago.
Dilma voltou a criticar a diferença de tratamento das acusações contra o PT em relação a dos outros partidos.
Perguntada sobre a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de vetar menções a Aécio Neves (PSDB) em delação de um ex-executivo da Odebrecht, a ex-presidente transpareceu que entende que há favorecimento ao senador.
"O que é que você acha?", ironizou. "Durante muito tempo, só existia no Brasil um partido complicado no Brasil: o PT. Em todos os outros, uma auréola. Só faltava nascer asas nos respectivos representantes", disse ela, antes de criticar a atuação da imprensa.
A jornalistas portugueses Dilma Rousseff voltou a afirmar que foi vítima de um "golpe" parlamentar e acusou os aliados do atual governo de só ganharem "no tapetão".
Dilma reafirmou seu apoio a uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas descartou que vá ocupar algum cargo em caso de vitória de seu padrinho político.
"Eu não quereria [assumir um cargo]. Eu tenho 70 anos, acho que isso é para gente mais nova do que eu.

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