O desembargador morista João Gebran, o mesmo que começou a fieira de confirmações e agravamento da pena de Lula recusou hoje o pedido de quatro advogados – obviamente querendo aparecer – que haviam pedido o recolhimento do passaporte de Lula.
Ontem, outro advogado estranho à causa, querendo aparecer, pediu o mesmo ao juiz de uma vara federal (assim, em minúsculas mesmo) de Brasilia e o juiz, que não tem nada a ver com o caso de Curitiba, querendo aparecer, mandou recolher o passaporte.
“Fundamenta” a decisão, de modo inédito, com o que “aliados” (inominados) do ex-presidentes teriam aventado a hipótese de fuga do Brasil. E se faz de “bonzinho” dizendo que poderia até mandar prender o ex-presidente, que sequer foi julgado por lá. Podem tudo, não é?
Tudo isso, claro, depois de Lula ter comunicado, antes do julgamento, que tinha um compromisso internacional, a convite de um organismo da ONU e nenhum dos desembargadores do TRF-4 ter dado importância a isso, porque sabem que Lula não ia fazer o que seria interpretado como uma confissão da culpa que não tem.
Agora, Gebran nega o pedido porque, simplesmente, é ocioso – dispiciendo, diriam os juristas – atendê-lo. E se faz de isento, pelo ato que não praticou, pela simples razão de que já estava praticado.
Tudo é uma pantomima, uma farsa, um balé macabro, ensaiado e coreografado. Todos querendo ver como aparecem mais, se exibindo como donos da liberdade de um homem – eles sabem – é inocente, mas a quem não hesitam em imolar em benefício de seus interesses de classe, de seu servilismo, de suas carreiras e de suas vaidades.
Lula é a carniça para o bando de abutres togados exibir sua ferocidade covarde ou sua inócua afetação de “imparciais”
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