Primeiro, os governadores. Depois, o veto à visita do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel. Agora, a manifestação contrária à visita de ex-presidente Dilma Rousseff a Lula.
A cada dia fica mais evidente que os procuradores da lava Jato pretentem que o cárcere imposto ao ex-presidente seja uma “solitária”.
Claro está que se visa calar suas manifestações, deixando apenas – por ser inevitável – que ele veja filhos e netos uma vez por semana.
Embora esteja escrito na Lei das Execuções Penais que o preso pode receber, além dos parentes, também os amigos, segundo um tal Januário Paludo, que assina por Deltan Dallagnol, o capo da “força tarefa” diz que este direito “não é absoluto e pode ceder frente aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade”.
A estafeta de Sérgio Moro que supervisiona o encarceramento de Lula negou todos os pedidos, o que não impede Dilma Rousseff de, neste momento, estar em Curitiba exigindo o cumprimento da lei.
O ódio insano da República de Curitiba a Lula só a vai tornando mais escandalosos perante a opinião pública e ao mundo.
O afetadamente evangélico Dallagnol talvez tenha pulado, nas suas leituras bíblicas, o capítulo 25 de Mateus, onde se diz: “necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
Não é o mártir que constrói o martírio, são seus algozes que tramam asua transformação em símbolo.
Imagens como a de Leonardo Boff, com sua bengala, sentado em um banco diante da PF vão se multiplicar.
Não há ímã mais forte que o proibido.
Quem conehece a História sabe como isso termina. Os poderosos se tornam fracos. e “irão para o castigo eterno, mas os justos (vão) para a vida eterna” (Mateus 25:46)
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