A revista Veja saiu na frente dos demais veículos da velha mídia corporativa, que Paulo Henrique Amorim costumava chamar de P.i.G (Partido da imprensa Golpista) –com “i” minúsculo mesmo. A publicação da Abril/Pactual deu banho e fez tosa no presidente Jair Bolsonaro, antes de colocá-lo na capa. “A CHANCE DE UM GOLPE É ZERO”, diz a chamada em letras garrafais.
A chance de golpe é zero porque Bolsonaro não tem força para tal, senão ele já teria feito. Aliás, os últimos acontecimentos foram um ensaio cujo resultado deu ruim para o presidente da República. As manifestações de 7 de Setembro foram um exemplo disso. A montanha pariu um rato.
À Veja, Bolsonaro disse houve pressão “de algumas pessoas” para que o governo “jogasse fora das quatro linhas”. Ele, no entanto, não declinou quem seriam essas pessoas.
Bolsonaro ganhou ‘banho e tosa’ e foi para a capa da Veja porque o projeto de terceira via naufragou. A direita, a velha mídia/PiG, os bancos não conseguiram forjar um candidato para disputar as eleições de 2022 que continuasse com o bolsonarismo sem Bolsonaro, por isso a revista da Abril se antecipou.
A palavra de ordem da Avenida Faria Lima, endereço do comitê central da burguesia paulista, é derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT custe o que custar.
A última pesquisa do Datafolha reorientou o capital financeiro e a velha mídia corporativa, que tem interesses e propriedades cruzadas com bancos e fundos de especulação financeira [alô regulação!].
Segundo os levantamentos, Lula vence no primeiro turno e os pangarés da terceira via ficaram praticamente estacionados. Bolsonaro é quem melhor pontua.
Portanto, se desenha a polarização Lula versus Bolsonaro no ano que vem. Por isso o presidente ganhou ‘banho e a tosa’ da velha mídia.
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