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quarta-feira, 17 de maio de 2023

Coluna do Magno diz que Raquel Lyra está escrevendo uma página desastrosa no quesito articulação política


Não se governa sem política. Ou seja, ninguém governa sozinho.



Magno Martins- A governadora Raquel Lyra (PSDB) está escrevendo uma página desastrosa com apenas seis meses de gestão: dentre todos os chefes de Estado com o poder da caneta nas mãos, e cheia, diga-se passagem, por estar em início de mandato, é a única que não conseguiu, pelo menos até agora, eleger um só conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado.

Com um agravante, vale a ressalva: num período tão curto viu abrir duas vagas na corte de contas, a primeira definida, ontem, com a escolha do advogado Eduardo Porto e a segunda a ser resolvida em breve, em razão do pedido antecipado de aposentadoria pela conselheira Teresa Dueire, mesma janela usada pelo conselheiro Carlos Porto para o filho Eduardo sucedê-lo num arrastão político liderado pelo presidente da Alepe, Álvaro Porto.

O presidente do Legislativo é tio do novo conselheiro e por ele – a sua força e liderança na Casa – passará a definição do segundo conselheiro. A candidata oficial da governadora, confirmada por todos os deputados estaduais, seria a deputada Débora Almeida, do mesmo partido de Raquel, o PSDB, que ontem jogou a toalha, retirando-se do processo, que passa a ter agora apenas três concorrentes – os deputados estaduais Kaio Maniçoba (PP) e Rodrigo Novaes (PSB), e o federal Uchoa Júnior (PSB).

Débora caiu fora para não passar por um grande constrangimento. O que se diz na Assembleia é que nenhum nome que entre na disputa com o DNA da governadora passa pelo crivo da Casa. Mas isso tem uma razão: Raquel não faz política, não dialoga, não divide o poder, não socializa as decisões. Acha que pode governar o Estado como administrou Caruaru, em completo isolamento político.

Novaes, o mais forte – Enquanto isso, quem se firma como hábil articulador político é o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB). Além de emplacar Eduardo Porto, seu sobrinho, como conselheiro, vai eleger o deputado Rodrigo Novaes para suceder a Teresa Dueire no TCE. Novaes não transita com grande notoriedade na Casa, mas sua escolha abre o caminho para trazer Diogo Moraes, primeiro suplente do PSB, de volta ao parlamento estadual.

Postado por Madalena França

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