Do Blog do Magno Martins
Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
Sem concordar com a proposta apresentada pelo Governo de Pernambuco de reduzir 40% do valor passivo de 2022 e o parcelamento em até 24 meses do pagamento restante da dívida do Sassepe, o Sindicato dos Médicos (Simepe) decidiu paralisar o atendimento eletivo. A medida deve atingir todos os usuários do plano de saúde, que é administrado pelo Instituto de Recursos Humanos (IRH).
“Realizamos a assembleia na quinta-feira (11) e protocolamos direto no IRH no dia seguinte o comunicado da paralisação do atendimento. Estabelecemos um prazo de 30 dias para que o IRH apresente uma proposta razoável”, revela o vice-presidente da Comissão de Honorários Médicos do Simepe, Álvaro Campos.
Segundo o médico, a categoria vai manter o atendimento nas urgências e emergências, assim como o atendimento oncológico. Porém, quem tentar marcar algum atendimento para o próximo mês não deverá conseguir. “O governo está criando um problema para o usuário do Sassepe, que infelizmente vai sofrer sem o atendimento. Estamos do lado do usuário, pois não desmarcamos ninguém, mas vamos atender apenas os que já estão marcados”, afirmou.
Álvaro disse ainda que espera que o governo “tenha bom senso” e os chame para apresentar uma nova proposta, e que nela esteja inclusa também uma atualização da tabela de valores repassados pelos serviços – muitos deles abaixo até da tabela vigente no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Estamos há oito anos trabalhando com base em uma tabela defasada, que já perdeu 30% do poder de compra devido à inflação. Somado a isso, o atraso de oito meses para o pagamento de serviços já prestados torna impossível a manutenção do atendimento”, argumenta Álvaro Campos, que espera que o governo reconheça que a dívida do ano passado é deste governo.
“Quando troca (de governo), a responsabilidade e os débitos vigentes devem ser assumidos por quem assume. Não tem cabimento o discurso de que vai honrar apenas com os valores do início desta gestão e querer pagar com um desconto absurdo e ainda parcelado pelos serviços prestados durante a gestão passada”, pontua Campos.
Postado por Madalena França
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