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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Raquel Malvadeza atrai ira dos professores, diz coluna do Magno Martins

 




Raquel Malvadeza atrai ira dos professores

Entre tantas as maldades que a governadora Raquel Lyra (PSDB) tem feito, em quase seis meses de gestão, a mais perversa, sem dúvida, atinge em cheio uma categoria historicamente discriminada em se tratando de matéria salarial: a dos professores. Na mensagem enviada à Assembleia Legislativa, a tucana restringe o aumento de 14,95% apenas aos mestres que não recebem o piso nacional do magistério, deixando de fora 52 mil professores.

A proposta provocou a ira dos que batem ponto na rede estadual de ensino. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Sintepe, a governadora foi extremamente insensível. Não levou em consideração a diferenciação entre Magistério, Licenciatura Plena e Especialização, já que não aplica de forma uniforme o reajuste do piso, reduzindo a diferença salarial entre as remunerações mais baixas e as mais altas.

Pelo que propõe Raquel Malvadeza, os valores reajustados serão pagos de forma retroativa a janeiro de 2023 no período de junho a agosto deste ano. No mês de junho serão pagos os valores retroativos referentes ao mês de janeiro/2023; em julho, valores retroativos referentes aos meses de fevereiro e março de 2023; e, em agosto, valores retroativos referentes aos meses de abril e maio deste ano.

Não é por falta de dinheiro, mas por maldade que a governadora não contempla todos os professores.  Segundo o Sintepe, pelo Fundeb haverá um crescimento de 13% de arrecadação e o Governo receberá mais de R$ 1,2 bilhão do precatório do Fundef, valor referente aos 40% que ficam com o governo. Só este ano, entre os meses de janeiro e fevereiro, o Governo de Pernambuco recebeu R$ 817 milhões do Fundeb, o fundo nacional que financia a educação.

Mobilização geral – Os profissionais da educação aprovaram um novo calendário de mobilizações pelo Estado após rejeitarem a proposta do Governo, que era pagar o reajuste para 6.281 professores efetivos e com contratos temporários em 2023. A categoria seguirá “lutando por seus direitos e pela valorização profissional” para que o piso salarial seja implementado para todos os servidores da Secretaria de Educação de Pernambuco – que em 2023 é de 14,95%.

Calendário de paralisações – Diante da insensibilidade de Raquel Malvadeza, os professores resolveram criar um calendário que tende a ser encerrado com greve geral. Já na próxima quinta-feira, haverá a primeira paralisação geral nas escolas e nos dias 1 e 6 de junho também ocorrerão novas paralisações na rede estadual nas Escolas e nos locais de trabalho, a partir das 13h nas Escolas do Programa Integral e, após o recreio, nas Escolas Regulares. Nos dias 25 de maio, 01 e 06 de junho, panfletagens pelas ruas com a Carta à Comunidade Escolar, em todo o Estado.

Na pressão – Já na próxima segunda-feira, os professores comparecem em massa a uma audiência pública na Assembleia Legislativa, promovida por presidentes de várias comissões, à frente a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça. A direção e a Comissão de Negociação do Sintepe têm buscado conversar com os parlamentares estaduais no intuito de retirar a urgência do PL que exclui 52 mil trabalhadores e trabalhadoras do reajuste no Piso Salarial do Magistério e destrói o Plano de Cargos e Carreiras.

Dinheiro tem – A presidente do Sintepe, Ivete Caetano, revela que a proposta da governadora, além de injusta, tem o propósito de dividir a categoria. Sobre o argumento de que não há dinheiro para dar aumento a todos os professores, rebate. “A própria Raquel já disse que a educação tem dinheiro, tem dinheiro do FUNDEB, dos Precatórios do Fundef, e da Manutenção e Desenvolvimento da Educação, e tem vários recursos que estão sendo enviados pelo Governo Lula, como as transferências do FNDE”, desabafou.

Retirada da urgência – Para o deputado Romero Albuquerque, da bancada do União Brasil na Alepe, a melhor decisão do presidente da Casa, Álvaro Porto, seria retirar a urgência para votação do projeto de reajuste dos professores sem contemplar a categoria como um todo. Por isso, deu entrada, ontem, com um requerimento pedindo a retirada da urgência. “A proposta “envolve questões complexas que devem ser cuidadosamente analisadas. A retirada do regime de urgência permitirá um amplo debate para que seja possível construir uma legislação mais consistente, que leve em conta as demandas da categoria”, justificou.

Da Coluna do Magno

Postado por Madalena França.

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