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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Recomeço; Lula desengata a Transnordestina

 Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco 

No anúncio do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) hoje, no Rio, numa solenidade pomposa, o presidente Lula trará uma boa notícia para Pernambuco: a inclusão da construção de um trecho da Ferrovia Transnordestina e o estudo de seis novas concessões ferroviárias no País. Em versões anteriores, concessões não faziam parte do pacote de infraestrutura.

O novo trecho da Transnordestina irá de Salgueiro ao Porto de Suape. Outras quatro obras serão em ferrovias que já começaram: Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL 2); Linha Férrea de Juiz de Fora (MG); Linha Férrea de Barra Mansa (RJ); e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO 1).

Serão seis estudos de novas concessões no novo PAC: ligação da Transnordestina à Ferrovia Norte-Sul; Ferrovia Teresina – Luís Correia (PI); EF-118 (Rio de Janeiro a Vitória); Ferrovia do Frango (SC); Ferrovia Norte-Sul , de Chapecó (SC) a Rio Grande (RS); e Ferrovia Norte-Sul, de Estrela D’Oeste (SP) a Chapecó (SC), passando por Panorama (SP).

Com o programa, o Ministério dos Transportes tenta reduzir a dependência do transporte rodoviário no escoamento da produção brasileira, buscando cortar custos logísticos e impactos ambientais. O cenário é desafiador: o país tem 10 mil quilômetros de ferrovias ociosas, o equivalente a um terço de toda a malha nacional.


Fonte: Magno Martins

Postado por Madalena França

A nova versão do PAC é uma estratégia para tentar ampliar a popularidade do governo por meio da realização de obras em todo o país. As outras edições do programa petista, no entanto, ficaram marcadas por diversas irregularidades como obras superfaturadas e que levaram o Brasil a forte recessão em 2015.

Essa nova versão do programa começou a ser gestada pelos ministros de Lula ainda nos primeiros meses de governo, mas o lançamento precisou ser adiado ao menos quatro vezes pelo Palácio do Planalto. Mesmo sem a aprovação do novo arcabouço fiscal, responsável por definir quais serão os limites de gastos do governo para os próximos anos, a expectativa de Lula é garantir pelo menos R$ 240 bilhões em investimentos públicos federais para as obras até 2026. A estimativa é de que sejam gastos cerca de R$ 60 bilhões por ano.

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