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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Mesmo com o Povo a Favor Vereadores barram projeto do Executivo de Bom Jardim...

Bom Jardim – Câmara Municipal rejeita pedido de empréstimo do Poder Executivo


Postado por Madalena França

(Do Blog de Dimas Santos.

Em sessão extraordinária bastante movimentada e concorrida ocorrida na manhã desta quinta-feira (19), a Câmara Municipal do Bom Jardim rejeitou em segunda votação o Projeto de Lei nº 011/2019, do Executivo Municipal, que solicitava autorização ao Poder Executivo do Bom Jardim a contratar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal no valor de 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais) no âmbito da linha de crédito FINISA – Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento.

O citado financiamento seria amortizado no prazo de 120 meses, com carência de 24 meses, sendo destinados à pavimentação em paralelepípedos graníticos, drenagem, contenção, sinalização, iluminação e construção de passeios de ruas, pavimentação asfáltica e construção da Ponte do Catolé (cidade). 

Apesar da grande mobilização de populares que se concentraram nas imediações e no interior do prédio da câmara municipal, a maioria pedindo que os vereadores aprovassem a matéria, o Projeto de Lei nº 011/2019 obteve em segunda votação 6 votos favoráveis, 6 votos contrários e 1 abstenção. Por ser uma matéria que versava sobre operação de crédito, a mesma não obteve o quorum especial de votação (dois terços), ou seja, 9 votos favoráveis, sendo, desta forma, declarada como rejeitada. 

No processo de votação os vereadores se posicionaram da seguinte maneira: favoráveis – Jotinha, Valéria Lira, Adeildo do Toyota, José Vitor, Lene Cadête e  Donato Ferreira; contrários – Roberto Lemos, Mano de  Etiene, Rufino Filho, Ninha de Tuquinha, Lenílson do Posto e Alexandre de Biu de Laro; abstenção – Ana Nery de João Pretinho. 

Fotos: Akires Sabino (Facebook)

Lula ao vivo no Rio


Postado por Madalena França
fonte: Esmael Morais
Publicado em 18 dezembro, 2019

A presença do ex-presidente Lula no Rio, nesta quarta-feira (18), no âmbito da política, é o melhor acontecimento do ano na Cidade Maravilhosa.
O petista participa hoje à noite de ato público de denúncia do desmonte das políticas e entidades culturais no estado e no País.
O Rio sofre com a violência oficial patrocinada pelo governador Wilson Witzel (PSC) e pela incompetência do prefeito Marcelo Crivella (PRB).
Lula participa do evento no Circo Voador, ladeado por mais de 500 artistas e intelectuais cariocas.
O publico cantarola o tradicional hino nas campanhas presidenciais: olê, olê, lá, Lula, Lulá.
“Nosso próximo evento será o estádio do Maracanã”, prometeu o ator Osmar Prado.
Dentre os presentes estão Camila Morgado, Camila Pitanga, Dira Paes, Eric Nepomuceno, Francis Hime, Gregorio Duvivier, Osmar Prado, Renata Sorrah, Tereza Cristina, Leonardo Boff, Letícia Sabatella, Maria Gadú, Tonico Pereira e Zezé Mota.

Feira Nova divulga programação para celebrar 56 anos de Emancipação


Do Blog do Agreste
Postado por Madalena França

A prefeitura de Feira Nova divulgou na noite dessa terça-feira (17) as três atrações que animarão a festa de 56 anos de Emancipação Política. Nesta quinta-feira (19), a partir das 20h, sobem ao palco os cantores Allefy, Diego Rosa e Priscila Senna, a "Musa". De acordo com a assessoria de Comunicação da prefeitura, as apresentações acontecerão no pátio de eventos da cidade, no Centro.

Ainda dentro das comemorações, a gestão realizará na sexta-feira (20), feriado municipal por ocasião da data da emancipação, atividades religiosas e institucionais. A partir das 7h ocorrerá o hasteamento das bandeiras nas sedes do Executivo e Legislativo. Uma missa solene na Igreja Matriz de São José está marcada para às 10h. A partir das 16h será inaugurada a Unidade Básica de Saúde (UBS) no Loteamento Jabs Gonzaga com show de Lia de Carvalho.

Feira Nova possui como atividade primordial a produção de farinha de mandioca, sendo esta atividade a fonte de renda de uma considerável parte da população. Atualmente, com a criação de uma cooperativa, a atividade ganhou novo fôlego na produção de derivados da farinha e exportação dos alimentos. Conhecida como “Terra da Farinha”, a cidade também apresenta geração de renda com o comércio varejista e funcionalismo público. Atualmente, o município é administrado pelo odontólogo Danilson Gonzaga (PSD). (Foto | Divulgação)

Tem boquinha sim! Na surdina, vereadores do Recife aumentam próprio salário em 29,7%




Foto: Câmara do Recife/ Divulgação

Nesta quarta-feira (18) a Câmara Municipal do Recife aprovou um aumento no salário dos vereadores em cerca de 29,7%, em última sessão do ano. Segundo foi apurado pelo Portal de Prefeitura, a proposta não estava na pauta do dia, porém foi colocada em votação pela mesa. 

O Reajuste foi aprovado por 22 votos favoráveis e apenas sete contrários, que foram dos vereadores Jayme Asfora, Alcides Teixeira, Ivan Moraes, João da Costa, Renato Antunes, Ricardo Cruz e Rodrigo Coutinho. 

Com a aprovação, a partir de 2021 o salário dos vereadores do Recife saem dos atuais R$ 14.635,00 para cerca de R$ 18 980 mil. Além dos salários, os vereadores do Recife recebem auxílio-alimentação e auxílio combustível.

* Com informações do Portal de Prefeitura 

Desalinhado com o Congresso Nacional:Bolsonaro veta alteração na lei que blindaria órgãos de cortes no Orçamento.


Postado por Madalena França
Bolsonaro veta alteração na lei que blindaria órgãos de cortes no Orçamento.
Presidente Jair Bolsonaro. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Do Estadão Contúdo

O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar uma medida do Congresso Nacional que ampliava o número de órgãos blindados de qualquer tesourada no Orçamento em caso de frustração de receitas. O dispositivo aprovado pelos parlamentares aumentaria a rigidez dos gastos federais e poderia até mesmo dificultar o cumprimento da meta fiscal, justificou o governo.
Bolsonaro ainda vetou trecho que equiparava as emendas feitas pelo relator e pelas comissões no Orçamento às emendas individuais dos parlamentares e de bancada, que são obrigatórias e têm prazo para serem empenhadas (isto é, para que o governo cumpra a primeira fase do gasto e assegure o compromisso de despesa). Os vetos foram pedidos pelo Ministério da Economia e pela Secretaria-Geral da Presidência da República.
Pela proposta do Congresso, ficariam livres de cortes os recursos para pesquisa agropecuária, para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, além de despesas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Fiocruz, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando há frustração na arrecadação, a lei exige que a equipe econômica faça um corte nas despesas para evitar o descumprimento da meta fiscal (diferença entre receitas e gastos que o governo precisa perseguir no ano). Os chamados contingenciamentos não podem ser feitos sobre despesas obrigatórias, como salários de servidores e benefícios sociais e previdenciários. Por isso, a tesourada recai sobre os gastos do dia a dia dos ministérios e sobre os investimentos.
Nos últimos anos, por exemplo, o IBGE precisou enxugar a sua principal pesquisa – o Censo Demográfico – para conseguir levá-lo a campo diante da falta de recursos. Outros órgãos também têm sofrido com a restrição orçamentária.
Na prática, o que o Congresso tentou fazer foi tornar obrigatórios os gastos com determinados órgãos e tipos de emendas, ou seja, o governo não poderia deixar de executá-los. A medida contraria a diretriz do ministro da Economia, Paulo Guedes, que é de retirar os “carimbos” do Orçamento que, justamente, tornam certas despesas obrigatórias e dificultam a gestão dos gastos.
“A inclusão contribui para a elevação da rigidez do orçamento, dificultando não apenas o cumprimento da meta fiscal como a observância do Novo Regime Fiscal, estabelecido pela EC nº 95/2016 (teto de gastos), e da Regra de Ouro, constante do inciso III, do art. 167 da Constituição Federal”, diz a justificativa do veto.
“Ressalta-se que o não cumprimento dessas regras fiscais, ou mesmo a mera existência de risco de não cumprimento, poderia provocar insegurança jurídica e impactos econômicos adversos para o País, tais como elevação de taxas de juros, inibição de investimentos externos e elevação do endividamento”, acrescenta.
No caso do veto sobre as emendas de relator e de comissões, o governo justificou que “o dispositivo proposto é contrário ao interesse público, pois é incompatível com a complexidade operacional”.
Os vetos ainda podem ser derrubado pelo Congresso Nacional em sessão conjunta no próximo ano.

TSE: candidatos deverão checar informações antes de divulgá-las


Postado por Madalena Fança via Magno Martins
TSE aprova resolução que impõe a candidatos checar informações que veiculam.
Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil
Do Estadão Conteúdo

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou uma resolução que impõe a candidatos o dever de checar informações antes de divulgá-las por meio de propaganda eleitoral. Pela nova regra, fica assegurado o direito de resposta ao ofendido por fake news, sem prejuízo de eventual responsabilidade penal. A medida tem por objetivo evitar que candidatos propaguem desinformação em eleições.
Essa é uma das regras contidas na resolução para as eleições municipais de 2020 aprovada na noite desta quarta-feira, 18, envolvendo também a utilização e a geração do horário gratuito e as condutas ilícitas em campanha eleitoral. Nas regras que valeram para as eleições de 2018, não havia a previsão do direito de resposta por fake news. A própria Justiça Eleitoral foi alvo de ataques por meio de fake news naquele ano.
A nova resolução estabelece que “a utilização, na propaganda eleitoral, de qualquer modalidade de conteúdo, inclusive veiculado por terceiros, pressupõe que o candidato, o partido ou a coligação tenha verificado a presença de elementos que permitam concluir, com razoável segurança, pela fidedignidade da informação, sujeitando-se os responsáveis ao disposto no art. 58 da Lei nº 9.504/1997 (direito de resposta), sem prejuízo de eventual responsabilidade penal”.
Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, relator da resolução, a proposta “representa uma contribuição possível dentro dos limites do poder normativo dessa Corte na solução de um problema global de enorme complexidade e que demanda soluções multidisciplinares e multissetoriais”.
A nova norma não altera em nada eventual responsabilidade criminal do candidato em relação ao que era antes. O Código Eleitoral já prevê detenção de seis meses a dois anos mais multa para quem caluniar alguém, na propaganda eleitoral ou para fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Nas mesmas penas incorre quem divulga informação caluniadora sabendo que é falsa.
Apesar da inovação, Barroso afirmou que não se deve esperar, do Poder Judiciário, o controle das fake news. Segundo ele, não é possível correr atrás dessas informações que se proliferam com grande velocidade. “Não é por via judicial que vamos conter fake news.”
A principal esperança de autoridades da cúpula do Judiciário é que as plataformas de mídias sociais e de serviço de mensagens, como Google, Facebook, Twitter e WhatsApp, possam agir contra a disseminação de conteúdos falsos. As quatro gigantes aderiram ao Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas Eleições 2020, em cerimônia conduzida pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, em outubro.
“Precisamos das empresas de tecnologia nos ajudando nesse processo e é preciso saudar a boa disposição que elas demonstraram ao firmar parcerias junto com várias entidades públicas e privadas, numa iniciativa importante do tribunal em parceria com a presidente Rosa Weber.
Se alguém achar que fake news vai ser enfrentada com decisões de Tribunais Regionais Eleitorais, está engando. Não é assim que vai funcionar. Precisamos de ajuda dessas empresas”, disse Luís Roberto Barroso.
A ministra Rosa Weber complementou a fala do colega. “Essas empresas são nossas parceiras”, disse a presidente do Tribunal Superior Eleitoral. “Temos sentido essa colaboração, não só dessas plataformas, mas de instituições públicas”, disse.
Após uma das reuniões com as empresas, em outubro, a ministra do TSE definiu como “nefasto” o efeito causado pela desinformação à democracia, ao processo eleitoral e à sociedade de forma geral. O principal foco do Tribunal, segundo a ministra, é provocar o envolvimento de todas as esferas sociais no combate à disseminação de informações enganosas na internet.

MP: ex-assessores de Flávio deram R$ 2 milhões a Queiroz


Madalena França Via Magno Martins
Promotores afirmam que senador nomeava assessores orientados a devolver parte de seus salários para o grupo.
Flávio Bolsonaro, à direita, posa com Fabrício Queiroz na inauguração de sua loja Foto: Reprodução
O Globo - Por Miguel Caballero, Camila Zarur, Bernardo Mello, Juliana Dal Piva, Juliana Castro e Thiago Prado

No pedido à Justiça para fazer as 24 ações de busca e apreensão em endereços ligados ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e a ex-assessores seus na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), feitas na manhã desta quarta-feira, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) elaborou o mais completo resumo das investigações sobre a prática de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual entre os anos de 2007 e 2018. Os promotores afirmam que Flávio nomeava assessores orientados a devolver parte de seus salários para o grupo; que o ex-policial militar Fabrício Queiroz fazia toda a operação de recolhimento da remuneração dos funcionários; e que a loja de chocolates de Flávio num shopping da Barra da Tijuca e negócios imobiliários do senador serviam para lavar o dinheiro ilegalmente.
Entre as provas apresentadas para sustentar os pedidos de busca da operação de ontem, os promotores do MP identificaram 483 depósitos de pelo menos 13 ex-assessores na conta bancária de Queiroz, por transferência, cheque ou dinheiro em espécie, num total de R$ 2 milhões; outro grupo de ex-assessores que sacavam quase que integralmente o salário recebido; e conversas em aplicativos de mensagem obtidas no celular de uma ex-assessora. Também aparecem como indícios que completam o esquema, segundo o MP, depósitos em dinheiro na conta da loja de chocolates de Flávio Bolsonaro e a “grande desproporção” de lucro obtidos entre o senador e seu sócio na loja, embora o contrato previsse 50% de cotas para cada um. O advogado de Flávio Bolsonaro nega as acusações.
Ao deferir os pedidos do MP, o juiz Flávio Itabaiana da Costa, da 27ª Vara Criminal da Comarca do Rio, afirma que “há indícios de que houve a formação de uma organização com alto grau de permanência e estabilidade, composta por dezenas de assessores da Alerj, nomeados por Flávio Bolsonaro, para a prática de crimes de peculato e lavagem de dinheiro”. Além da busca de documentos e aparelhos eletrônicos, o juiz autorizou também a quebra de sigilo bancário e fiscal de vários dos envolvidos. 
A investigação do MP-RJ teve início em julho do ano passado, depois que o Coaf enviou relatório sobre a movimentação atípica nas contas de Queiroz, e esteve interrompida entre julho e novembro deste ano, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) paralisou os casos iniciados a partir de dados do Coaf. Ao apresentar os argumentos à Justiça, os promotores dividiram a apuração em duas etapas: os assessores e as provas de que eles devolviam parte de seus salários, via Fabrício Queiroz; e como Flávio Bolsonaro supostamente lavava o dinheiro retornado.
Os assessores
São 23 os ex-assessores citados no pedido de buscas assinado pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaeco) do MP-RJ. Eles são divididos em dois grupos. O primeiro, composto por 13 ex-funcionários, é o núcleo ligado a Queiroz, formado por familiares (como sua filha e sua mulher), além de vizinhos e amigos indicados por ele para o gabinete, segundo os promotores. Esses 13 ex-asessores depositaram ao longo dos 11 anos R$ 2,06 milhões na conta bancária de Queiroz (69% do valor em dinheiro vivo). Duas ex-funcionárias deste grupo, Flavia Thompson Silva e Graziella Robles Faria, chegaram a sacar 99,21% e 99,90% do salário recebido enquanto estiveram na Alerj, outro indicativo para o MP de que devolviam parte dos vencimentos.
O segundo grupo são dez ex-assessores residentes em Resende, a cidade onde os Bolsonaro viveram, no Sul fluminense. Nove deles têm parentesco com Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher e mãe do filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro. Dos dez ex-funcionários do núcleo de Resende, seis sacaram em espécie mais de 90% dos salários recebidos, e outros três acima de 70%. O MP também dá indícios de que alguns desses funcionários não davam expediente no gabinete de Flávio. Para isso, cita reportagem do GLOBO, de junho deste ano, que mostra que um desses funcinários, Francisco Siqueira Diniz, cursava faculdade em tempo integral em Barra Mansa, e jamais teve crachá da Alerj.
Disparidade de lucro
A segunda parte do pedido de medidas cautelares ao juiz se dedica a mostrar como seria feita a lavagem do dinheiro devolvido pelos funcionários. Os promotores do Gaeco afirmam que Flávio Bolsonaro usou dois artifícios: a contabilidade da sua empresa Bolsotini Chocolates e Café LTDA e negócios imobiliários.
Flávio declarou em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral, em 2018, ser dono de 50% da loja de chocolates, uma franquia da Kopenhagen no Shopping Via Parque, na Barra. A outra metade pertence a Alexandre Santini. O MP mostrou que, entre 2015 a 2018, Flávio Bolsonaro aferiu cerca de R$ 978 mil como lucros da empresa, quase o dobro dos R$ 506 mil retirados por Santini. O documento afirma ainda que os créditos em contas bancárias da Bolsotini entre 2015 e 2018, no valor de R$ 6,5 milhões, diferem em cerca de 25% do faturamento da empresa auditado pela administração do Shopping Via Parque (R$ 4,8 milhões). O MP também aponta que cerca de 45% dos recursos que ingressaram em contas da Bolsotini no seu primeiro ano de atividade vieram através de dinheiro em espécie.
Outro artifício usado para esconder a origem do dinheiro seria a negocação de dois apartamentos em Copacabana. De acordo com o MP, o intermediário americano Glenn Howard Dillard revendeu os dois imóveis para Flávio e sua mulher “com inexplicável deságio de cerca de 30%” em relação ao seu valor de mercado à época (nomvebro de 2012). Segundo dados obtidos a partir da quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro e de Dillard, o americano recebeu R$ 310 mil em cheques de Flávio e de Fernanda Bolsonaro, em novembro de 2012, pela venda dos dois imóveis. No mesmo dia, a conta bancária de Dillard recebeu R$ 638,4 mil em depósitos de dinheiro em espécie. O MP suspeita que este valor seria um complemento “por fora” para chegar ao valor real.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Enfim, Globo reconhece em editorial que delações premiadas não são confiáveis

Em editorial desta quarta-feira (18), o jornal Globo afirma que as delações premiadas são manipuláveis e esse esquema de deduragem virou um verdadeiro balcão de negócios.
Se o acusado não consegue um melhor “preço” com os procuradores do Ministério Público, então ele se dirige ao balcão ao lado, à Polícia Federal.
“E assim como Palocci, outro candidato a delator rejeitado pelo MP, [Sérgio Cabral] acertou uma colaboração premiada com a Polícia Federal”, diz o texto do jornalão dos Marinho.
No entanto, Globo peca por achar que há esquema de delação “melhor” no âmbito da Lava Jato. Tapa o nariz para a seletividade da força-tarefa e do ex-juiz Sérgio Moro, revelada pelo site The Intercept Brasil durante as reportagens da Vaza Jato.
O advogado Rodrigo Tacla Duran, exilado na Espanha, faz uma pergunta direta ao procurador Deltan Dallagnol: “Por que fechou os olhos e não processou Dario Messer em Curitiba?”, questiona, referindo-se ao doleiro dos doleiros que teria pagado propina a um integrante da Lava Jato.
Em tempo: as sentenças condenatórias da Lava Jato se “sustentam” nas precárias delações premiadas, sem provas concretas dos supostos ilícitos cometidos.
Leia a íntegra do editorial do Globo:
Cabral tenta manipular PF em delação premiada
Instrumento não pode ser usado em manobras que mantêm a impunidade
Editorial
18/12/2019 – 00:00 / Atualizado em 18/12/2019 – 10:11
 
Críticos da Lava-Jato e das delações premiadas costumam apontar alegados desmandos de procuradores e juízes em busca de confissões. Excesso de prisões preventivas, buscas e apreensões espetaculosas, conduções coercivas desnecessárias.
Há reclamações fundamentadas, reconheça-se. Deve-se, no entanto, também registrar tentativas de investigados e denunciados de manipular procuradores, juízes e policiais em benefício próprio. Há casos conhecidos, como o dos irmãos Joesley e Wesley Batista (JBS), Antonio Palocci e agora Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, já com mais de dois séculos de sentenças.
Cabral não convenceu os procuradores de sua boa-fé em colaborar nas investigações para, em troca, receber atenuação de penas, segundo a lei 12.850, chamada de Lei das Organizações Criminosas, e que estabeleceu de forma mais efetiva a “colaboração premiada”, existente em outras normas legais anteriores.
Acontece com Cabral o que ocorreu em certa medida com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Sua proposta de delação também foi rejeitada. Não acrescentava nada ao que já se sabia. Portanto, não fazia sentido atenuar sua pena. Continua preso.
O ex-governador, na avaliação também de procuradores do braço fluminense da Lava-Jato, não se dispunha a ajudar de fato a desvendar o enorme esquema de corrupção que instalou a partir do Palácio Guanabara. E assim como Palocci, outro candidato a delator rejeitado pelo MP, acertou uma colaboração premiada com a Polícia Federal.
Tem todas as características de tentativa de manipulação. Cabral foi preso em 2016 e se manteve em silêncio. No início deste ano, decidiu fazer relatos ao juiz Marcelo Bretas, ao qual disse que os US$ 100 milhões apanhados com os doleiros delatores Marcelo e Renato Chebar eram dele.
Agora assina acordo de delação com a PF e diz que devolverá R$ 380 milhões que recebeu em propinas, quase outros US$ 100 milhões ao câmbio de hoje. A desconfiança que Cabral construiu em torno do que fala leva a que se suponha que outros tantos milhões de dólares devem esperá-lo fora das grades, quando ele ganhar o prêmio em troca de uma delação pouco confiável. O certo é que estava mais do que justificada sua prisão preventiva.

A delação ainda terá de ser homologada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo, relator da Lava-Jato na Corte. Há, portanto, uma chance de se entender o real propósito desta delação. É crucial que o instrumento da delação premiada, eficaz na desmontagem de quadrilhas organizadas que atuam em vários tipos de crime, não seja degradado. Não pode servir de trunfo para que criminosos, em troca de testemunhos frágeis, que necessitam de sólida comprovação, ganhem a liberdade para usufruir o produto de seus assaltos ao Erário.(Blog do Esmael)
Postado por Madalena França

TJPE aprova resolução que amplia presença de juízas mulheres no TRE-PE

  Jornal do Commercio O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aprovou, de forma inédita, uma resolução que institui ação afirmativa de gê...