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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Silêncio intrigante do governador Paulo Câmara


 Por Magno Martins
Na profunda e preocupante crise que o Estado vive desencadeada no sistema presidiário, o governador Paulo Câmara (PSB) cancelou a sua agenda pública, se recolheu ao gabinete refrigerado e não deu um pio. Pernambuco, pelo menos até o momento, não sabe, portanto, o que o governador pensa sobre o momento.
Para a linha de frente, escalou secretários e o comando da Polícia. Existem medidas e propostas do Governo? Sim, mas não explicitadas pelo chefe maior do Estado. Mas não seria aconselhável esperar comportamento diferenciado de Câmara, porque seu estilo é diferente do ex-governador Eduardo Campos.
Eduardo, ao contrário de Câmara, teria ido para a linha de frente desde o primeiro momento, enfrentando inclusive a mídia. Era seu estilo, agressivo, aguerrido e corajoso. E deu certo! Nas grandes crises, ninguém sangrou porque ele esteve o tempo inteiro no seu comando.
Falando, ouvindo, agindo e até dando o murro na mesa. Um grande político ou gestor se forja nas mais temíveis adversidades. Todo o ambiente é favorável ao forte; de um modo ou de outro ele o ajuda a cumprir a missão que se impôs e a conseguir ir porventura mais além das barreiras marcadas.
Voltaire, pensador francês, dizia que não existem grandes conquistadores que não sejam grandes políticos. “Um conquistador é um homem cuja cabeça se serve, com feliz habilidade, do braço de outrem”, ensinou ele. Esta lição provavelmente tenha levado Eduardo a ser agressivo na ação, diferente do seu sucessor.
Porque, convenhamos, Eduardo foi forjado na política. Câmara, na área técnica. São poucos os políticos que tinham o manejo da política como Eduardo. Num momento de uma crise como esta, ele usava a sua sabedoria política para vencer todas as barreiras. Eduardo fazia assim, porque ouvia pouca gente.
O que valia, de fato, para ele, era o seu feeling. Já Paulo, ouve muita gente, até pela pouca experiência política. Ao escrever “O Príncipe”, Maquiavel desejava guiar os governantes, alertando-os sobre as armadilhas da selva política, esta mesma selva que vive, hoje, Paulo Câmara.
Um príncipe, seguindo os preceitos de Maquiavel, não devia medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade, se o que estivesse em jogo fosse a integridade nacional e o bem do seu povo.
Câmara age sem falar, tomando decisões em cima do conjunto do que pensa seus assessores mais próximos. Não sabe que as pessoas de sucesso na gestão pública são aquelas que sabem reconhecer a necessidade de provocar, em vez de esperar para se adaptarem ao que os outros dizem ou pensam.

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