Água carioca vai ajudar na seca paulista

31/01/2015 10:14

Obra do PAC vai interligar represas entre Rio e SP e tentar amenizar a crítica situação do Cantareira

O governador Geraldo Alckmin disse que os paulistanos serão beneficiados / José Cruz/Agência Brasil

Por: Caio Colagrande
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Os governos paulista e federal oficializaram, nesta sexta, a inclusão da  obra de interligação de represas entre o Rio e São Paulo no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O pedido de socorro feito pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) à presidente Dilma Rousseff é mais uma tentativa da administração tucana de evitar o racionamento de água no estado, em especial na capital e municípios da região metropolitana.

Alckmin diz que não há decisão sobre rodízio em SP

Os últimos detalhes da  conexão entre a Represa Jaguari, no estado fluminense, e o Sistema Cantareira, em São Paulo,  foram tratados ontem pelos dois, que discutiram também outras medidas a fim de driblar a seca nas torneiras de São Paulo.

Para o governador, a transposição de água entre os dois sistemas vai beneficiar os dois estados. “É um ‘ganha ganha’. O Paraíba (do Sul) vai ganhar um  bilhão de metros cúbicos de reservação e o Cantareira, 1,1 bilhão”, afirmou Alckmin em Brasília  ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O governador disse ainda que, mesmo a água do Rio Paraíba do Sul estando no Rio de Janeiro, os paulistanos serão beneficiados. “(A interligação) ajuda porque abastece bairros que não estão sendo atendidos pelo Cantareira”, explicou.

Durante a apresentação, tanto Alckmin quanto Mercadante insistiram no discurso de que a maior chave para sair da crise hídrica é a economia por parte da população e de empresas. Os dois  atribuíram à seca à falta de chuvas. “Não pode ter desperdício. Essa crise é o momento de mudar atitudes”, pediu  o ministro petista. 

A obra/  A transposição vai custar cerca de R$ 830 milhões, com recursos do PAC, e começará em 90 dias. Duas adutoras levarão a água de um sistema ao outro quando um dos reservatórios tiver recursos em sobra. 

O trecho que vai transpor água do Rio de Janeiro para São Paulo ficará pronto em 18 meses. Já o sentido inverso só funcionará somente  daqui  a quase três anos.