Fé.
Alvaro Real / Aleteia Brasil | Mar 30, 2017
Facebook - Padre Luis Montes
Terroristas destruíram todo vestígio cristão nas igrejas que ocuparam - mas Maria, com o Menino Jesus no colo, permanece intacta!
À medida que vão sendo libertadas as cidades iraquianas invadidas e aterrorizadas pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), vão sendo conhecidos detalhes macabros do horror que o grupo de fanáticos infundiu nos territórios ocupados.
Um exemplo são as 14 “regras de conduta” que os milicianos tinham escrito nas colunas e paredes da igreja caldeia dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na cidade de Mossul. De acordo com a Agência Fides, essas inscrições mencionam não apenas sanções para quem fuma e bebe, mas também a proibição às mulheres de sair de casa sem autorização e a pena de morte para quem disser qualquer coisa contra a versão extremista do islã pregada pelo grupo. Os jihadistas usavam a igreja como base de operações e, ao recuperá-la, os soldados observaram que o grupo terrorista não tinha deixado nenhum vestígio cristão no edifício.
Não ocorreu o mesmo na Igreja de Qaraqosh: ali os jihadistas destruíram tudo, menos uma imagem: a da Virgem Maria com o Menino Jesus.
“Ver essa imagem estranhamente intacta nos leva imediatamente a pensar na constante proteção que ela nos oferece. Uma proteção que os cristãos perseguidos conhecem e proclamam com firmeza”, declarou o padre Luis Montes ao site Alfa y Omega. O sacerdote, missionário do Instituto do Verbo Encarnado no Iraque, é testemunha direta dos fatos.
“Não sabemos por que o EI a respeitou, mas é como um símbolo do seu amor de mãe que nos sussurra ao ouvido: ‘Não se preocupe; eu estou aqui’”, completa o missionário diante de um fato sem explicação.
Oração e apelo do Papa Francisco
A situação continua intensamente dramática em Mossul, onde o Estado Islâmico tem perdido terreno, mas os bombardeios da coalizão vêm causando muitas vítimas civis. A propósito dessa guerra brutal, o Papa Francisco voltou a se manifestar nesta quarta-feira, durante a catequese semanal, no Vaticano:
“Eu os convido a rezarem para que o Iraque encontre a paz, a unidade e a prosperidade na reconciliação e na harmonia entre os seus diversos componentes étnicos e religiosos. Meu pensamento se dirige aos povos civis que estão presos nos bairros ocidentais de Mossul e aos refugiados por culpa da guerra, a quem me sinto unido no sofrimento por meio da oração e da proximidade espiritual. Expresso a minha dor profunda pelas vítimas do sanguinário conflito. Renovo o meu chamamento ao compromisso, com todas as forças, na proteção dos civis, como obrigação imperativa e urgente”.