Tudo o que Michel Temer não queria, a esta altura, eram novas encrencas com a Procuradoria Geral da República e com o Supremo Tribunal Federal.
Ainda mais no recesso, em que não há a chance de que o “manjadíssimo” sorteio do STF jogue a decisão para Gilmar Mendes ou Alexandre de Morais. Durante o recesso, é com Cármem Lúcia, que não decide contra a mídia.
Mas Roberto Jefferson exigiu na reunião que teve com Temer no Planalto e o Governo irá ao STF para insistir na posse da filhota Cristiane no Ministério do Trabalho. Exigiu, aliás, quase publicamente, através do artifício de fazer o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, dizer à imprensa que o partido não abria mão do cargo e do nome.
A ministra Cármem Lúcia vai querer tomar uma decisão meramente técnica e ficar associada a uma personagem cheia de condenações trabalhistas e outras mutretas mais como a deputada?
Porque não tem jeito de não ficar, depois da “onda” que se levantou. E, numa Justiça midiática, “ondas” são mais importantes que os códigos.
Temer foi trapalhão, mas o essencial é que virou um fraco, que treme diante da cara feia de qualquer Roberto Jefferson.
Dessa vez, em lugar de falar, foi ele que ouviu: tem de manter isso, viu?
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