O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, esteve há uma semana em Curitiba para vender o peixe do ex-governador Ciro Gomes à Presidência da República. Garantiu a correligionários que o ex-senador Osmar Dias, que não estava presente ao evento, será candidato ao governo do Paraná. É aí que começa a “cristianização” do irmão do senador Alvaro Dias (Podemos).
Na plateia pedetista foi grande o zunzunzun de que haverá debandada no partido caso Osmar seja confirmado candidato. “Ele não é partidário, ele usa o partido”, disse ao Blog do Esmael um histórico militante, retratando o sentimento médio na agremiação.
Na sexta-feira (12), quando foi realizado esse encontro no Sindicato dos Engenheiros, o senador Roberto Requião (MDB) ainda não tinha batido o martelo sobre sua disposição de “por fim ao Tucanistão”, qual seja, concorrer ao Palácio Iguaçu, mas a base pedetista ali presente mostrava vontade de “cristianizar” Osmar para apoiar o emedebista — naquele dia apenas uma hipótese — se caso fosse candidato.
Lupi aproveitou a palestra para informar mudanças na direção estadual do PDT paranaense. O deputado Assis do Couto, ex-PT, assumirá a presidência da legenda no estado. Também adiantou que Aliel Machado, deputado da Rede, ingressará no partido fundado por Leonel Brizola.
Osmar deixará a presidência estadual do PDT e poderá ser candidato do governo do Paraná, se quiser, sem precisar subir no palanque de Ciro Gomes. Ou seja, Lupi o liberou para fazer campanha para Alvaro, seu irmão, que, também, supostamente, disputará o Palácio do Planalto.
O termo “cristianização” surgiu na eleição presidencial de 1950, quando o candidato à Presidência da República, ex-deputado mineiro Cristiano Machado (PSD), foi abandonado pelo partido e pelo eleitorado, que apoiaram a volta de Getúlio Vargas (PTB/PSP) ao Palácio do Catete (antiga sede do governo federal no Rio), contra o candidato Brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN.
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