Agora que Luciano Huck voltou a admitir que pode ser candidato a Presente da República, está sujeito a dar explicações sobre seus negócios com a administração pública.
Quanto é que recebe de patrocínio da Petrobras pelo “quadrinho” de curiosidades pago pela empresa em seu programa de TV e replicado no site G1 como “especial publicitário”?
Nada tenho contra programas de divulgação científica, ao contrário. Era fã do “Pergunte ao João”, do professor João Leite, no rádio e ainda hoje me recordo da “cultura inútil” da Rádio Relógio, com o seu “Você Sabia?” que me ensinou, por exemplo, que o bico de um pelicano pode armazenar 14 litros d’água (conferi no Google, agora e falam em 13 l, mas vá lá).
Agora, isso é nada, em matéria de despertar interesse pela ciência – apesar de uma das edições ter um entrevista, igualmente inútil, com o interessante físico Marcelo Gleiser que, coitado, fez um vídeo de educação científica que nem foi exibido (mandaram ver no site).
Portanto, o assunto jornalístico é outro e a pauta, bem objetiva: quando foi firmado este contrato, antes (e põe tempo nisso) de Huck cogitar ser candidato? Quanto a Globo e ele próprio recebem por isso? Até quando vai o contrato?
Se o dinheiro “vai” para Huck, o que impede que seja usado em campanha? Qual é a afinidade entre o apresentador e a empresa, ou sua direção? Há comissão de agência? Porque ele foi o escolhido e não outro “showman”?
Ao que parece, o bico do pelicano é menos elástico que o bolso desta turma.
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