A menos para quem quiser acreditar que Sérgio Cabral andou passando por perto da goiabeira da Ministra Damares Alves, carece de sentido a epifania de honestidade que o ex-governador Sérgio Cabral anda exibindo em seus depoimentos. É como quando a Saulo caíram as escamas que lhe cegavam as vistas e veio a conversão?
O caráter de Sérgio Cabral bem o conhecem as pastilhas piso do banheiro do gabinete da presidência da Assembléia Legislativa que presidia, quando não estava demagogicamente promovendo os seus “Bailes da Terceira Idade”. Suas história sempre foi a de negócios, alianças e traições: a Marcello Alencar, a Anthony Garotinho, a Lula e Dilma.
Sei bem da figura, que comandou a torpe tentativa de rejeitar as contas do governo Brizola.
Agora tira esta “onda” de, coitado, “viciado em dinheiro e poder”. Nada foi ao acaso e a sociedade com Regis Fitchner vem daqueles tempos, quando o escolheu para ser o procurador da Assembléia e, depois, o colocou com seu suplente no Senado.
Cabral, como em tudo o que fez em sua carreira política, está fazendo negócio. Condenado a quase dois séculos de cadeia, a caminho de perder a fortuna em que se enlameou, está se valendo do único capital que lhe resta: a língua, para acusar. Pouco importa quem, culpado ou inocente, cair no seu “alívio verbal”, desde que haja alguma contrapartida.
Sair de Bangu 8, onde está, será só a primeira delas. Outras virão, com o tempo, dependendo do que mais falar.
É quase aberto que sobrará para um ministro do Supremo.
Duvido que Cabral tenha cacife para mexer com quem está mais perto do céu que o Cardeal Orani Tempesta.
Se um dia quiserem um exemplo de canalha, poucos servirão tanto quanto Sérgio Cabral Filho.
Por Madalena França.
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