Óleo na praia afeta pescadores
Restaurantes e bares reclamam de uma perda da ordem de 86% no pedido de peixes e crustáceos por clientes apreensivos com as notícias de que o derramamento de óleo nas praias contamina as espécies nativas do mar. Pescadores de Brasília Teimosa e outras colônias espalhadas no litoral pernambucano já estão de braços cruzados, não têm mais a quem vender.
Há muita desinformação quanto ao real risco de contágio do pescado. O cenário faz lembrar a crise da doença da cólera no primeiro ano do Governo Joaquim, em 91. Criou-se um clima de pandemônio diante da boataria de que o embrião colérico irradiava perigo para o banho no mar ao mesmo tempo em que contaminava seus frutos.
Ninguém tomava banho nem comia peixes. Foi preciso Joaquim mergulhar no mar e degustar seus frutos num restaurante. Se a pesca estancar de vez, o Estado será obrigado a criar o seguro-defeso para 10 mil pescadores.
Minoria beneficiada – Dos 10 mil pescadores pernambucanos, apenas 400 recebem, hoje, por um período de 90 dias, o seguro-defeso do Governo Federal. O decreto presidencial, entretanto, só beneficia, com um salário mínimo por mês, os que pescam lagosta. O grande contingente dos que vão ao mar em busca do seu pão no dia a dia é de pescadores de peixe, universo que vai esperar ajuda do Estado.
Da Coluna do Magno Martins
Postado por Madalena França
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