Publicado em 29 outubro, 2019
Postado por Madalena França
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (29) que o vídeo do leão atacado por hienas publicado ontem (29) no Twitter do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pode ser entendido como uma “cortina de fumaça” para desviar o foco das revelações dos áudios do ex-assessor Fabricio Queiroz, que é investigado por recolher dinheiro de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a chamada ‘rachadinha’.
“Nesses tempos estranhos, tudo é possível, até mesmo essa cortina de fumaça. Tática rasteira no que enxovalha a instituição básica da República, guarda da Constituição, o Supremo. O exemplo, especialmente para o cidadão leigo, vem de cima. É deplorável. Aonde vamos parar? O Brasil precisa estar focado em coisas boas, construtivas, positivas, visando o bem estar de todos e não em futricas rasteiras”, disse Marco Aurélio.
“Eu creio que nada surge sem uma causa. Qual seria a causa? Qual é o descontentamento com o Supremo? Eu não acredito que haja descontentamento com o Supremo, as decisões do Supremo são para ser cumpridas. Agora, é uma coincidência muito grande que esse foco surja justamente numa hora em que aparecem essas coisas envolvendo o assessor Queiroz”, completou o ministro em entrevista à rádio CBN.
Em viagem pela Ásia, Bolsonaro pediu desculpas ao STF pelo vídeo e prometeu que “haverá retratação”.
“Me desculpo publicamente ao STF, a quem por ventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação”, disse o presidente.
Se você ainda não assistiu ao vídeo, confira a seguir:
O vídeo do leão e das hienas é a cereja do bolo do #1AnodeDesgraca promovido pela milícia bolsonariana.
Carluxo pode ter apagado, mas a gente salvou a peça.
Um ataque frontal às instituições políticas brasileiras, que deve ser processado e punido.
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