(Tijolaço)
Não existe, como exige a Constituição, nenhuma urgência ou relevância, na medida provisória com que Jair Bolsonaro quer limitar a autonomia das comunidades universitárias na escolha de seus reitores (e diretores, nas escolas e institutos federais).
A razão de ter baixado esta norma – na verdade a “elevação” a MP de uma nota técnica do MEC baixada no apagar das luzes do governo Temer, que dizia que seriam anuladas as eleições onde o corpo docente não tivesse 70% dos votos – é apenas a de tumultuar um processo de eleições diretas quem, com erros e acertos, consolidou-se na comunidade universitária.
Mais uma oportunidade de espetáculos e declarações selvagens de Abraham Weintraub, que considera as escolas federais instituições a serem destruídas, para que reine absoluto o ensino privado.
O efeito será zero ou próximo disso, excesso para criar “balbúrdia”.
O mais provável é que a medida caduque sem apreciação ou até que venha a ser devolvida ao Executivo, por falta dos requisitos legais para sua edição.
Até lá, porém, o showman do MEC terá bastante tempo para dizer que há um complô do comunismo drogado e devasso para controlar as universidades.
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