Do Blog do Esmael Morais
Postado por Madalena França.
O que poderia ser feito pelo Brasil e pelos brasileiros, durante e depois da pandemia no novo coronavírus, se o país tivesse um presidente da República à altura dos desafios da nação? Esse foi o assunto tratado por cerca de duas horas de diálogo entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros da Saúde Humberto Costa, José Gomes Temporão (2007-2010), Alexandre Padilha (2011-2014) e Arthur Chioro (2014-2016).
A questão parte da constatação que pautou o encontro: a Presidência da República, sob Jair Bolsonaro, e a Economia, sob Paulo Guedes, estão levando o Brasil a uma catástrofe irremediável. Nem um, nem outro sabe lidar com a pandemia do novo coronavírus. Tampouco sabe preparar o país para depois. E isso precisa acabar.
“Temos dois grandes inimigos a enfrentar. O próprio vírus, os problemas que causa, as reações no organismo humano. E o presidente da República, que em vez de liderar o enfrentamento da pandemia, é um dos maiores obstáculos a esse enfrentamento. Ele desobedece todas as orientações nacionais e internacionais da área da saúde. Ainda vamos viver momentos muito graves”, diz o senador Humberto Costa (PT-PE), ministro de 2003 a 2005. Para ele, o país em breve terá de enfrentar a ideia de quarentena completa (o lockdown). “Sob pena de perdermos o controle da pandemia.”
Temporão, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – um dos principais centros de excelência em investigações da área de saúde do país – avalia que o Brasil assiste ao maior desafio de toda uma geração. “E chamo atenção para dois aspectos: o descolamento total entre a politica econômica e a de saúde. A política econômica deveria estar a serviço da saúde, mas estamos vendo o contrário. Não temos comando, transparência, coesão”, critica o titular da pasta de 2007 a 2010.
“Governo genocida”
“Pela primeira vez enfrentamos uma epidemia sem a participação o governo federal. E quando ele aparece tem uma postura criminosa. Vivemos o H1N1 em 2009 e foi fundamental a coesão, a transparência, ter comando. Mas temos um presidente com propostas disparatadas, descabidas. Um comportamento irresponsável que levou a pessoas a deixar o isolamento”, destacou Temporão.
“Pela primeira vez enfrentamos uma epidemia sem a participação o governo federal. E quando ele aparece tem uma postura criminosa. Vivemos o H1N1 em 2009 e foi fundamental a coesão, a transparência, ter comando. Mas temos um presidente com propostas disparatadas, descabidas. Um comportamento irresponsável que levou a pessoas a deixar o isolamento”, destacou Temporão.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) – ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff (2011-2014) que implantou o programa Mais Médicos – lamenta a posição do Brasil no mundo. “A ONU, quando fez seu relatório de avaliação, produziu um capítulo especial sobre o Brasil, Classifica Bolsonaro como genocida, responsável por milhares de mortes e pelo sofrimento de milhões de brasileiros”, destaca.
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