Redação Finanças
Encarecimento do frango leva consumidor a procurar pelos cortes menos nobres. Além dos pés, moela e pescoço também ganharam destaque no açougue
O Frango inteirou ficou 43% mais caro no último ano
Foi-se o tempo em que frango era mistura de quem não tem dinheiro. Com a alta nos preços dos alimentos, até o produto, rico em proteínas, começou a faltar na geladeira dos brasileiros. A solução para não abandonar de vez a comida foi migrar para partes menos nobre da galinha. Os pés, antes jogados no lixo por algumas famílias, passou a se tornar o prato principal da janta.
No entanto, como já sabemos, alegria de pobre dura pouco. Com o aumento no consumo, o preço do corte mais barato aumentou 100% em atacado no mercado paulista. Outros cortes mais baratos, como moela e pescoço, também entraram no radar do consumidor.
Para além dos pés, o frango inteiro também ficou bem mais caro. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agronomia da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o quilo do frango inteiro está custando por volta de R$ 8,41.
O valor representa um aumento de 43% no preço do produto. A alta é a maior registrada desde 2004, quando o CEPA começou a monitorar a oscilação de valores da mercadoria.
Pelo jeito, vai demorar para que o peito de frango volte para o prato das pessoas de classes mais baixas. Se bobear, é capaz que o pé da galinha vire um item gourmet, uma vez que o preço do alimento pode chegar a patamares que antes era ocupado por comidas consideradas nobres.
Postado por Madalena França
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