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terça-feira, 7 de março de 2023

Ministro Carlos Lupe estuda rever pedir revogação de pontos cruéis da reforma da Previdência como pensão por morte e invalidez

 



O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que pretende discutir a partir da próxima semana a revisão da regra de pensão por morte que diminui o valor recebido pelas famílias e também a redução dos juros do consignado para aposentados e pensionistas. 

“Temos o Conselho Nacional da Previdência, do qual fazem parte representantes das centrais sindicais patronais, dos trabalhadores, e o governo. Eu quero discutir isso no Conselho e depois levar para outras pastas, Fazenda, Planejamento, Casa Civil e, sendo consenso, o governo enviará um projeto de lei ao Congresso”, declarou o ministro ao jornal O Globo em entrevista publicada nesta 2ª feira (6.mar.2023).

Apesar de não ter “poder para mudar a reforma [da Previdência]”, Lupi acredita que o conselho ajudará a amenizar alguns pontos que ele considera “injustos com a área mais carente da sociedade”. As informações são do Poder360.

Um exemplo seria o caso da pensão por morte. “Quando a esposa perde o companheiro, os custos não diminuem, aumentam em até 30%. É grave porque a pessoa recebe 60% do que recebia o marido, há uma queda flagrante do poder aquisitivo da família.”

Sobre a nova taxa do crédito consignado, Lupi disse que ainda está sendo estudada.

“A taxa cobrada hoje é alta. A inflação do ano passado foi 6%. […] A taxa do consignado varia entre 1,80% e 2,14% ao mês. Só que no cartão é de 3,06%. Por que diferenciar se é o mesmo beneficiário? A garantia do próprio salário diminui quase 100% o risco.”

O ministro também quer rever o valor da aposentadoria por invalidez. Ele afirma ter visitado todas as centrais sindicais e que essa mudança é “quase unânime” entre elas. 

Outro ponto proposto pelo ministro é a redução da fila do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ele quer que o tempo de espera seja de até 45 dias.

Lupi disse que o maior desafio são as perícias médicas. O Nordeste concentra 50% da fila da perícia médica, com 661 mil pessoas à espera. 

“Na fila do BPC, tem 473 mil, e do auxílio-doença, 574 mil. Ou seja, quase um milhão depende de perícia”.

Para reverter o quadro, ele pretende realizar mutirões, enviando peritos para o interior do Nordeste, onde há o maior número de pessoas aguardando pelo serviço. 

Postado por Madalena França

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