Ideologia zero: “miscigenação” de partidos leva eleitor a votar em candidatos da oposição e do governo ao mesmo tempo
Os adesivos observados no carro acima dão bem a noção da “miscigenação” do voto no país e, em particular, em Pernambuco.
Com partidos ideologicamente fracos – na verdade, a maior parte agrupa nomes e não ideais ou projetos – o eleitor decide o voto pela afinidade com o candidato e não pela “filosofia” da legenda.
No adesivo menor, a declaração de voto para Presidência é em Dilma Rousseff, do PT.
Mais abaixo, na propaganda maior, a opção para a corrida pela Assembleia Legislativa é o deputado estadual Maviael Cavalcanti, que tenta novo mandato pelo DEM.
O DEM, ou ex-PFL, está na aliança que respalda a candidatura de Aécio Neves, do PSDB, à Presidência da República. O tucano é um dos adversários de Dilma.
Outros adesivos não alcançados pela foto indicavam que o dono do carro votaria ainda em Anderson Ferreira (PR), para deputado federal, em Armando Monteiro (PTB), para governador, e em João Paulo (PT), para o Senado.
Maviael e Anderson estão na Frente Popular, do candidato ao governo Paulo Câmara (PSB), concorrente direto de Armando.
Câmara, por sua vez, defende, em Pernambuco, a candidatura de Marina Silva (PSB) ao Planalto, projeto que confronta com as postulações de Aécio e Dilma.
Já para senador, Paulo Câmara divide a chapa com o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), que mede forças com João Paulo.
Quer dizer, o proprietário do veículo segue um caminho na proporcional e outro completamente antagônico na majoritária.
Colaborou Ana Luiza Machado, do Diario
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