07/03/2017 14:39
Crise, desemprego e baixo rendimento fazem retiradas superarem depósitos
Por: Diário SP
Foto: Divulgação
Apesar de bem menor do que o registrado nos últimos dois anos, a caderneta de poupança segue dando prejuízo a quem ainda consegue guardar algum dinheiro no país em tempos de crise. Em fevereiro deste ano, as retiradas foram superiores aos depósitos em R$ 1,67 bilhão, divulgou o Banco Central, na segunda-feira (6).
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Nos mesmos meses de 2015 e 2016, a modalidade, considerada a mais tradicional do Brasil, havia amargado perdas de R$ 6,26 bilhões e R$ 6,63 bilhões, respectivamente. Contando os dois primeiros meses juntos, os clientes retiraram R$ 12,4 bilhões. No mesmo bimestre de 2016, as perdas somaram a bagatela de R$ 18,67 bilhões.
De acordo com o Banco Central, no acumulado de todo o ano passado, R$ 40,7 bilhões desapareceram das cadernetas. Foi o segundo pior resultado da série histórica, iniciada em 1995. O ano de maior prejuízo foi de 2015, quando R$ 53,5 bilhões foram sacados das contas ou migrados para outros tipos de investimentos.
Analistas atribuem a fuga de recursos ao nível de atividade econômica, alta do desemprego, inadimplência e baixo rendimento. A poupança, hoje, rende 6,17% ao ano mais variação da TR (taxa referencial). A Selic (taxa básica de juros do BC) está em 12,25% ao ano.
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