A Comissão de Ética da Federal decidiu nesta quarta-feira (5) por 9 votos contra 4 não cassar o mandato do deputado Jean Wyllys, por quebra do decoro parlamentar, por ter cuspido na cara do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
O parecer do deputado Ricardo Izar (PP-SP) era pela suspensão do mandato pelo prazo de quatro meses. A pena aplicada a Jean Wyllys será apenas uma “advertência”, a qual será lida no plenário na próxima semana.
Bolsonaro, segundo pesquisa do Instituto Maurício de Nassau (PE), têm 6% de intenções de voto em Pernambuco como candidato a presidente da República.
Tudo começou na sessão do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em abril do ano passado. Wyllys, “gay assumido”, alega que Bolsonaro o chamou de “queima rosca”, “franguinha” e “veadinho”, o que o militar nega.
Os deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Marcos Rogério (DEM-RO) e Léo de Brito (PT-AC) propuseram a aplicação da pena mais branda – advertência – para evitar que o processo fosse submetido ao plenário.
Ricardo Izar não aceitou e disse que Jean Wyllys quebrou o decoro parlamentar. “Caberia inclusive a cassação do mandato, mas a gente levou em consideração alguns atenuantes, como as provocações sofridas por ele”, disse o relator.
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