BRASÍLIA - O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), afirmou ao Broadcast Político, notícias em tempo real do Grupo Estado, que a idade mínima das mulheres será fixada em 62 anos no relatório do deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA). A decisão atende a um pleito da bancada feminina da Câmara, composta por 55 deputadas. Moura disse que a decisão deve ser anunciada em breve por Oliveira Maia em coletiva na Câmara dos Deputados.
No último domingo, o relator da reforma da Previdência chegou a afirmar que a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres “continuava sendo o ponto mais alto da PEC”. O presidente da comissão especial da reforma na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), também disse que seria muito difícil alterar esse ponto. “Não vejo essa possibilidade, mulher luta por uma igualdade”, afirmou.
Mais cedo, a coordenadora da bancada feminina na Câmara, a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) afirmou que a idade mínima menor para as mulheres era uma "questão emblemática" para elas. "Para mostrar que o Brasil precisa fazer o dever de casa. A maioria das mulheres tem dupla jornada no trabalho e em casa, ganha salários menores", afirmou ao Broadcast Político.
O fechamento em torno dos 62 anos é uma vitória da bancada em relação ao governo e a equipe econômica que queria tentar pelo menos reduzir dos 65 para os 63 anos.
O deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deixou o café da manhã com o presidente Michel Temer e deputados da base aliada dizendo que - como representante da central sindical - não está satisfeito com o texto da reforma da previdência apresentado nesta manhã pelo relator Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA).
Segundo Paulinho, mesmo reduzindo a idade mínima das mulheres para 62 anos ainda há insatisfações. “62 anos para as mulheres ainda é muito e 65 anos para os homens é inaceitável”, disse
Paulinho afirmou ainda que a central prepara para o próximo dia 28 uma paralisação contra as reformas de Temer.
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