BEBIANNO SABE DEMAIS E PODE INVIABILIZAR REFORMA
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo faz a pergunta que não cala em todo brasileiro desde que estourou a crise de governo envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, seu filho Carlos e o Secretário Geral da Presidência, Gustavo Bebianno: "Por que Rodrigo Maia (DEM-RJ), os militares e até o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tentaram salvar a cabeça de Gustavo Bebianno? Além de saber demais, o caso Bebianno pode inviabilizar a reforma da Previdência.
Azevedo traz à tona um argumento lógico ao senso comum e que marca a vida política brasileira desde que a Operação Lava Jato foi instituída como suposta caçada aos corruptos e restauradora da moral e dos bons costumes nas instituições do estado.
O argumento ganha ainda mais força quando se sabe que Bolsonaro fez uma campanha eleitoral associando sua pregação direitista com um moralismo de vestal. Diz Reinaldo Azevedo: "Sim, num governo de discípulos de Catão, o moralista, a demissão seria uma boa escolha. Mas, como se sabe, não é o caso. O esforço é compreensível por várias razões. É ele a memória da campanha eleitoral, com toda a sua fama, falsa como uma candidatura laranja, de "espartana". Alguém acha mesmo que o aparato que foi montado nas redes sociais é coisa simples e barata? O ministro por um fio se fez presidente temporário do PSL por exigência de Bolsonaro. E sabe como se fizeram as salsichas. Parte delas pode nem ter sido produzida no Brasil".
Azevedo prossegue pondo o dedo na ferida: "A raiz do cálculo dos que se mobilizaram para manter Bebianno se resume nesta frase: "ele sabe demais". E está sofrendo um processo de humilhação pública sem paralelo na história. Sei lá que entendimento ele poderá estabelecer com o presidente que compense o enxovalho — hoje, o ministro é hostilizado também pelos bolsonaristas fanáticos, que acreditem que seu líder não se deixa tocar por mundanidades. Há o risco de Bebianno obtenção evidenciar o contrário". O jornalista vê o risco de o caso Bebianno pôr em risco a votação da reforma da Previdência.
Por Madalena França
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