As três letrinhas, sublinhadas por uma “meia-lua” eram escritas no quadro negro logo abaixo da dedução de fórmulas matemáticas, onde se evidenciava que uma relação conhecida levava à conclusão de outra, ainda não sabida: “Como Queríamos Demonstrar”, abreviavam elas, embora os mais antigos o fizessem ainda com a expressão latina: Q.E.D, quod erat demonstrandum.
O governo Bolsonaro, primário como é, torna semelhante a isso qualquer análise que sobre ele se faça: não é difícil deduzir que ele uma suas anunciadas ” mudanças de prioridades” apenas como justificativa pública para o que é, de fato, seu objetivo: o desmonte do Brasil.
Não é diferente, mostram os números revelados pelo Estadão, nesta história do “corte” das verbas das uiversidades, alegadamente para “investir na Educação Básica”.
A mentira é posta em evidência: quase 40% das verbas da educação básica estão cortados. No caso das creches e escolas de ensino fundamental, que Abraham Weintraub invocou como razão suprema dos cortes, a tosa foi de 45%% dos recursos: R$ 146 milhões dos R$ 265 milhões previstos para construção ou obra em unidades do ensino básico.
O ensino técnico, aquele que o ex-capitão diz defender para que os jovens possam trabalhar foi virtualmente extinto:
Foram retidos recursos até mesmo para modalidades defendidas pelo presidente e pela equipe que comanda o ministério, como o ensino técnico e a educação a distância. Todo o recurso previsto para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), R$ 100,45 milhões, está bloqueado. O Mediotec, ação para que alunos façam ao mesmo tempo o ensino médio e técnico, tem retidos R$ 144 milhões de R$ 148 milhões.
Até o Colégio Pedro II, aquele que o Imperador dizia que era a única instituição que ele desejaria governar, está inviabilizado com cortes de mais de 36% de seus recursos.
Esta gente odeia a educação, odeia o progresso, odeia a verdade.
São mais do que imbecis, como digo, são criminosos.
( Tijolaço)
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