A decisão atende pedido do Ministério Público Federal (MPF) no inquérito que apura se Aécio teria solicitado a Joesley Batista, e ao Grupo J&F, entre 2014 e 2017, vantagens indevidas em quatro oportunidades, sob a promessa de favorecimento em eventual governo presidencial. A promessa envolveria ainda influência ao governo de Minas Gerais para viabilizar a restituição de créditos fiscais de ICMS em favor de empresas do Grupo J&F.
Em 2014, o então senador teria solicitado a Joesley Batista o pagamento de R$ 100 milhões para a campanha presidencial da coligação liderada pelo partido PSDB, em troca de influência em um futuro governo tucano.
Segundo a decisão, em encontro na casa de Joesley Batista, Aécio teria solicitado o pagamento de R$ 18 milhões para a quitação de despesas eleitorais pendentes da campanha presidencial do PSDB realizada no ano de 2014. O investigado teria recebido a quantia de R$ 17.354.824,75 por meio da aquisição de prédio do “Jornal Hoje Em Dia”, em Belo Horizonte.
Aécio ainda teria pedido a Joesley pagamentos mensais de R$ 50 mil, por meio da Rádio Arco Íris, entre 2015 e 2017, para custeio de despesas pessoais. O então senador ainda teria solicitado, em 2016, R$ 5 milhões ao dono da J&F para pagamento de despesas com advogado.
Parte dos recursos recebidos teria sido para o PSDB, por meio de doações oficiais, simulação da prestação de serviços, emissão de notas fiscais fraudulentas e entregas de valores. Outra parte teria sido utilizada para a “compra” do apoio de partidos políticos.
Em nota, a defesa do tucano afirmou “que considera inusitada e incompreensível a determinação de bloqueio das contas pessoais do deputado Aécio Neves e já apresentou recurso contra ela”.
Com informações do O Globo
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