O ato “Parem de nos matar” organizado por moradores de favelas no Rio, com apoio de diversos movimentos sociais, acontece neste domingo (26) das 10h às 13h, em Ipanema. A concentração está marcada no Posto 8 da praia de Ipanema.
Segundo os organizadores, o ato pretende ser um manifesto contra o massacre que ocorre nas favelas e áreas periféricas do estado, com ação da polícia nesses territórios, em horários indiscriminados, com “ordem de abate”, ações policiais de helicópteros e “autos de resistência” forjados.
A data do protesto tem um porquê: o dia 26 de maio é o primeiro domingo após completar 1 mês do assassinato do gari comunitário William dos Santos Mendonça no Vidigal. O ato vem sendo planejado há um mês e não tem qualquer relação com outras manifestações que possam vir a ocorrer na mesma data.
“Em nada tem a ver com qualquer outro ato que possa ser marcado na mesma data”, diz Barbara Nascimento, do coletivo Favela no Feminino e porta-voz do ato. “É um ato a favor de nossa vidas, é para que parem de nos matar, parem de matar a juventude negra favelada, parem as incursões em horários escolares, parem de entrar em nossas casas sem mandato, parem de criminalizar nossa existência”.
Os dados da violência policial no Rio de Janeiro são preocupantes e cresceram após a posse do governador Wilson Witzel . Nos primeiros meses de 2019, mais de 400 pessoas foram mortas pela Polícia e Exército.
Entre os organizadores da manifestação estão a Associação de moradores do Vidigal, o Movimento popular de favelas. Nós do Morro, Bando Cultural Favelados da Rocinha, Associação de Moradores da Rocinha, Redes da Maré, Nosso Jardim, Movimento Negro Unificado, Rede de Mães e Familiares da Baixada, Favela não se cala, Frente de Juristas Negras e Negros do Estado do Rio de Janeiro, UNEGRO – União de negras e negros por igualdade, Mães e Familiares Vítimas de Violência do Estado, além de muitos outros movimentos sociais.
O movimento de protesto tem duas hashtags de palavra de ordem: #paremdenosmatar, #asfavelasexigempaz.
*Com informações da Agência de Notícias das Favelas
Madalena França
Sem comentários:
Enviar um comentário