O mercado financeiro apostou alto numa intervenção pesada do governo, via Banco Central, no câmbio hoje, depois de ter sido rompida, ontem, a barreira dos R$ 4 na cotação da moeda norte americana.
Não veio e o resultado é que a moeda dos EUA passou a rondar a casa dos R$ 4,10, o valor mais alto atingido desde setembro do ano passado, no governo Temer. Deve fechar um pouco mais baixo, ainda assim em alta expressiva em relação a ontem: R$4,036.
O provável – ainda há muito dinheiro trocando de mãos – é que feche a semana com uma perda um pouco acima de 4% desde o início do mês e 7,5% desde início de janeiro.
Ao que parece, a impressão de caos interessa ao governo – embora custe muito caro para as empresas brasileiras, com grandes dívidas em dólar – que pretende atribuir a crise ao Congresso e usá-la para pressionar a aprovação de seu único programa econômico, a reforma da Previdência.
Apostas do “quanto pior, melhor” quando feitas pelo governo, não costumam ter bons resultados.
As condições da economia e da política brasileira estão muito deterioradas para que a gente possa dizer que planos vão acontecer como imaginados.
Isto é, se houver algum plano neste governo incapaz de ter algum que possa ser visto com seriedade.
PS. Está difícil escrever sobre valores: Comecei a escrever com R$ 4,10 por dólar. Quando publiquei, R$ 4,09. Agora, bateu R$ 4,11. É mais fácil a fórmula da água.
Madalena França via Tijolaço
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