Para uma plateia de prefeitos pernambucanos das mais variadas regiões do Estado, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, fez duras críticas ao governo Jair Boslonaro (PSL), na manhã de hoje. Segundo o senador, o presidente tenta vender a Reforma da Previdência como a solução para os problemas do país, quando, na verdade, ela vai ampliar desigualdades e gerar impacto financeiro negativo direto para os municípios.
“Eles querem vender essa proposta como se fosse uma formula mágica, que vai resolver todos os problemas do Brasil. Em certo grau, a gente já ouviu isso quando eles aprovaram a Reforma Trabalhista. Mas essa é uma conversa equivocada de quem ou está mal informado ou mal intencionado. Se ficarmos batendo em uma única tecla e falando da Previdência sem resolver questões emergenciais, como o do desemprego no Brasil, o país vai para o buraco”, disse o senador em reunião na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), que contou com a presença de outros representantes da bancada federal do Estado.
Na ocasião, Humberto também se comprometeu com uma série de pautas defendidas pelos prefeitos pernambucanos, como o Pacto Federativo. Para o senador, é fundamental a mobilização dos prefeitos por mais recursos para os municípios.
"A gente sabe como as prefeituras estão enfrentando dificuldades neste momento de crise. E vale lembrar: se aprovado, o projeto de Reforma da Previdência irá afetar diretamente a economia dos pequenos e médios municípios do Brasil, especialmente de Pernambuco. Todos sabemos que, na maioria das cidades do Estado, os recursos da Previdência Social movimentam muito mais a economia do que o próprio Fundo de Participação dos Municípios. Como vão ficar essas cidades sem esses recursos?”, questionou o senador.
Por Mdalena França
1 comentário:
O senador Humberto Costa está coberto de razão.
Não há dúvida de que essa proposta de reforma da Previdência foi elaborada para atender aos interesses do capital financeiro e das classes dominantes, em prejuízo da classe trabalhadora. Sacrifica e penaliza os trabalhadores, sobretudo os das classes menos favorecidas, e beneficia os grandes empresários, vale dizer: ataca os pobres e protege os ricos, e praticamente reduz muito as chances de aposentaria para grande parte dos trabalhadores.
O governo mente quando diz que a reforma da Previdência acaba com privilégios, pois que na verdade essa proposta acaba mesmo é com os direitos previdenciários da grande maioria do povo brasileiro, atingindo sobretudo idosos, assalariados, pequenos agricultores e os desvalidos, que restarão totalmente desamparados.
Se o governo pretende mesmo acabar com privilégios, que comece excluindo os privilégios e regalias dos militares das FFAA. Faça o mesmo com o Judiciário, onde milhares de magistrados em todo o país recebem salários e proventos bem acima do teto constitucional.
Da mesma forma, tem-se os bancos, que sempre ostentam vultosos lucros faça sol ou faça chuva, beneficiados por generosos descontos e renúncias fiscais do governo federal. Mas isso, claro, Bolsonaro e sua equipe não querem discutir. O que eles querem é tirar dos pobres para dar aos ricos. Ao invés de tirar dos bancos e dos possuidores de grandes fortunas, o governo prefere tirar dos pobres, suprimindo-lhes direitos previdenciários e garantias que hoje lhe são assegurados pela Constituição Federal.
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