Sem o Pai dos Pobres na política, Orobó virou Mãe da Impunidade e Pai do Ódio!
Três anos se passaram e o povo pobre não esqueceu um sorriso banguelo que apagou o candeeiro e deu casinhas populares a quem não tinha nem teto, nem luz, nem pão.
Povo este, que como eu, errou o alvo deu vez e voz a um príncipe das trevas. E desde então , sem a liderança do Pai dos pobres a guiar os destinos desse município, Orobó virou a Mãe da Impunidade e o Pai do Ódio.
A sociedade permanece dividida e cercada de luzes nos postes em plena escuridão da alma. O ódio não deixa ver que as lâmpadas nos postes não pagam a conta de quem está voltando ao candeeiro, por não poder custear o preço cobrado nem da iluminação pública, quanto mais do consumo geral. A volta da lenha, já se faz presente em muitas residências pela falta de emprego , pelo preço dos remédios, e até do dinheiro para se comprar o pão. Até mesmo um pão e um dolle guaraná, lhe foi negado a caminho dos hospitais.
Cada pedrinha que você plantou na Zona Rural de pequenos povoados surgiu um novo imposto. Somos todos Urbanos, Com um alto IPTU, Salários miseráveis e zero aposentaria.
O tão xingado salário dividido para dois, virou para três, recebido a cada três meses e para muito poucos.
Tudo isso e muito mais, faz de você um eterno vulto histórico popular, que enquanto tinha falta de dinheiro, desequilíbrio nas contas e defeitos perdoáveis, sobrava um manancial de Amor, um banguelo sorriso cativante de alguém que nunca odiou, um coração grandioso que aos inimigos sempre perdoou e hoje, é apenas uma saudade infinita para um povo que lhe amou.
Onde estiveres Deus te abençoe e te guarde eterno Mané do povo! Eu também sinto a sua falta nas festas da Serra ,nos almoços de Dona Carminha e Coca, dessa risada debochada e inconfundível de quem me chamava de "terrorista" e me abraçava com os braços de quem sabia que como você , a luta que eu fazia era por mim, por nós e por todos. No fundo a gente se entendia.
Por Madalena França.
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