Temos perto de 20 mil procuradores no Brasil, entre estaduais e federais, que têm a atribuição de fiscalizar o cumprimento da lei.
Há uma, em vigor, chamada “Estatuto do Desarmamento, a 10.826/03, que diz expressamente, no seu artigo 26, que é proibida “a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.”
Será que nenhum deles lê jornal ou acessa a internet?
O que é, senhores procuradores, aquilo que a criança erguida em triunfo pelo Presidente da República, ontem, em plena formatura de uma turma de sargentos da Polícia Militar de São Paulo, exibe?
Será que os senhores vão abrir uma apuração para saber de onde veio aquela pistola que, a não ser por um exame bem acurado, não se pode distinguir de uma verdadeira?
Não interessa saber quem está produzindo aquilo que, numa noite mal iluminada do Capão Redondo, presta-se tanto a um assalto quanto uma verdadeira?
E se for aqui no Rio, será que as orientações do Sr. Wilson Witzel não vão fazer uma criança com uma desta réplicas levar, “preventivamente”, um “tiro na cabecinha”?
Não interessa saber quem são os pais que lhes compraram pseudoarmas ilegais, embora sejam mais moderados que o sr. Jair Bolsonaro, que declarou entregar armas de verdade, municiadas, para os filhos. aos cinco anos de idade.
Ou será que para filhos de PMs ou do presidente não se aplicam as leis do país?
(Tijolaço)
Por Madalena França
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