— Eu sou… Eu tô meio bonito, sabe disso, né? Então eu tenho vários convites aí…
A declaração de Jair Bolsonaro, hoje, sobre seu destino partidário, lembra a frase de Nélson Rodrigues: “dinheiro compra tudo, até amor verdadeiro”.
Mas como os amores a dinheiro, os movidos a poder cobram generosidades que o ex-capitão reserva apenas para os filhos, os únicos correligionários aos quais é verdadeiramente fiel e apegado.
Aos demais, ele só reserva a ruína.
Joice Hasselman, Major Olímpio, Delegado Waldir, Alexandre Frota já experimentaram a maldição do capitão, para ficar nos mais conhecidos.
Foram jogados fora da barca e têm de agitar os braços para que Dória ou Rodrigo Maia os ponham a bordo do PSDB e do DEM.
Mas o capitão pagou um preço também.
Agora, para fazer negócio, só com o pagamento político adiantado.
Não “tá bonito”, não, mas de fato tem no poder algumas moedas para ser amado por quem está na pindaíba.
Algo que virou chacota até além mar, como na nota do Diário de Notícias, de Portugal:
Jair Bolsonaro equaciona romper [com o PSL] e já recebeu cinco convites de partidos de pequeno e médio porte, admite a sua empresária, perdão, a sua advogada Karina Kufa, em entrevista ao jornal O Globo.
Pode ser, mas será difícil que algum partido com bancada o aceite.
Se o seu governo já era, antes, semiparalítico, agora é que não tem mais autonomia para propor coisa alguma.
Como brincavam os feirantes aqui do Rio, antigamente: “moça bonita não paga, mas também não leva”.
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