Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Por Carlos Brickmann
O Governo Bolsonaro superou, finalmente, o “nós contra eles” em que se havia transformado a política nacional: os três zeros à esquerda, 01, 02 e 03, e seu pai, o presidente Bolsonaro, promoveram a união de todos os partidos. Brigaram com um por um – inclusive o seu, o PSL. Conseguiram ser surrados no partido que antes de sua entrada era também um zero à esquerda.
O líder do PSL de Bolsonaro, Delegado Waldir, chamou-o de vagabundo. Joice Hasselmann, a bolsonarista das bolsonaristas, foi afastada da liderança por Bolsonaro – mas diz que será candidata à Prefeitura paulistana com ou sem ele. O presidente quis afastar o Delegado Waldir e não teve força para isso. Quer se livrar de Luciano Bivar, que comanda o partido, e não sabe como. Se sair, corre o risco de sair sozinho: os parlamentares que saírem com ele sabem que, fora do PSL, não terão dinheiro para tentar a reeleição.
Alguém falou em dinheiro? Que mau gosto! Todos sabem que a briga é ideológica, uma disputa sobre posições políticas e caminhos a seguir – sendo que o melhor caminho é o que leva ao fim do arco-íris. Não que queiram dar um fim ao arco-íris, que simboliza a diversidade sexual e que um partido tão conservador rejeita; mas dizem que o arco-íris termina num pote de ouro.
Mas, nessas brigas todas, quem tem razão? O caro leitor não será ingênuo de pensar que essa questão está em pauta. Como é habitual nas discussões políticas brasileiras, ninguém tem razão, nem pai nem filhos. E não há santos.
Do Blog do Magno Martins
Postado por Madalena França
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