Foi-se o tempo em que os deputados disputavam a benção do Palácio do Campo das Princesas para alçar cargos importantes. A eleição para as duas vagas ao Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) comprova esta tese e a nova realidade política do estado.
A governadora Raquel Lyra (PSDB) defendeu que o espaço feminino seja mantido, após a saída da conselheira Teresa Dueire, que se aposentará em breve. Além dela, o conselheiro Carlos Porto antecipou sua aposentadoria, abrindo assim duas vagas na corte. Ambas serão preenchidas por escolha da Assembleia.
Para se candidatar, é preciso reunir dez assinaturas, o que a deputada Débora Almeida, do PSDB e candidata da preferência de Raquel, sequer conseguiu ainda. O que só demonstra que o Palácio e a Casa de Joaquim Nabuco estão separados por mais que uma ponte com nome de princesa.
Pelas articulações, uma das vagas é tida como certa para Eduardo Porto, filho de Carlos Porto. Para a outra, há interessados como os deputados Rodrigo Novaes (PSB), Joaquim Lira (PV) e Kaio Maniçoba (PP), e até o federal Guilherme Uchôa Júnior (PSB). Todos com favoritismo maior que o de Débora.
A crise política entre Alepe e Governo já começou na eleição da Mesa Diretora, quando Raquel sinalizou para Antônio Moraes (PP), que acabou engolido pelo presidente Álvaro Porto e teve que sair da disputa. Mesmo sendo correligionário de Raquel, Álvaro se elegeu sem o apoio dela, o que praticamente exterminou os tentáculos do Governo e deu independência à Alepe. O sofrimento para a aprovação de um empréstimo de R$ 3,4 bilhões é decorrência deste clima ruim, que também passa pelo atraso de Raquel em nomear indicados dos deputados.
A corda seguirá esticada e Débora aparentemente será só mais uma a sofrer com a falta de tino político da mandatária, que teima em não ouvir alertas de que a Alepe não é comigo a Câmara de Vereadores de Caruaru, a qual ignorou por quase seis anos enquanto prefeita e sofreu todo tipo de desgastes. Não há amadores do outro lado da ponte, mainha! ( Magno Martins)
Postado por Madalena França
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