Papa aceita demissão de chefe da igreja da Irlanda após escândalos
Segundo documentário, cardeal encobriu abuso sexual contra crianças.
Religioso acusado pelos crimes morreu em 1997, após se declarar culpado.
O Papa Francisco aceitou a demissão do líder da igreja da Irlanda, declarou o Vaticano nesta segunda-feira (8), o que põe fim a uma carreira assolada por acusações de omissão diante dos abusos sexuais de um padre contra crianças.
O cardeal Sean Brady anunciou sua intenção de se aposentar em agosto, pouco antes de completar 75 anos, idade na qual todos os bispos devem entregar sua demissão ao pontífice, que pode aceitá-las ou rejeitá-las.
Brady se envolveu em um escândalo de abuso sexual infantil que abalou a igreja irlandesa quando um documentário da rede BBC ,exibido em 2012, afirmou que ele não informou os pais das crianças violentadas sobre os abusos que estavam sofrendo de um padre em 1975.
O Vaticano declarou que Brady será substituído pelo monsenhor Eamonn Martin, de 52 anos, que foi indicado no ano passado como arcebispo “assistente” de Armagh, diocese importante da Irlanda do Norte cujo arcebispo tem o título de “Primado de Toda a Irlanda”.
Na prática, Martin escanteou Brady no comando da diocese quando foi nomeado, poupando o companheiro mais idoso do constrangimento de deixar o cargo antes da data programada para sua aposentadoria.
Brady, que jamais foi acusado de nenhum abuso, desculpou-se na época do documentário, mas disse que o filme foi tendencioso.
O padre Brendan Smyth, cujos crimes são revelados no documentário, morreu em 1997, depois de cumprir um mês da sentença de 12 anos que recebeu depois de se declarar culpado das 74 acusações de abuso indecente e sexual de meninos e meninas durante um período de mais de 30 anos.
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