PT tem alas que veem com simpatia apoiar Ciro Gomes, caso ex-presidente não possa concorrer
Do ESTADÃO
Em conversa com aliados, Lula diz que será candidato em 2018 (Foto: Google Imagens/Reprodução) |
charlesnasci@yahoo.com.br
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a Lava Jato causará impacto em "todos os partidos" e diz agora que o que chama de "exageros" da força-tarefa, somados ao desemprego e à crise econômica, tendem a produzir um movimento "queremista" por sua volta ao poder. Pela primeira vez desde que virou réu da Lava Jato, Lula começou a chamar aliados para detalhar seus planos e admitir a intenção de disputar o Palácio do Planalto, tendo o comando do PT como ponto de apoio para ganhar mais visibilidade.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a Lava Jato causará impacto em "todos os partidos" e diz agora que o que chama de "exageros" da força-tarefa, somados ao desemprego e à crise econômica, tendem a produzir um movimento "queremista" por sua volta ao poder. Pela primeira vez desde que virou réu da Lava Jato, Lula começou a chamar aliados para detalhar seus planos e admitir a intenção de disputar o Palácio do Planalto, tendo o comando do PT como ponto de apoio para ganhar mais visibilidade.
"Para
vocês posso dizer: eu serei candidato à Presidência da República",
afirmou ele à deputada Luciana Santos (PE), que comanda o PCdoB, e
também a Orlando Silva (SP). A conversa ocorreu na última segunda, em
São Paulo. Lula já encomendou ao
ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a Luiz Gonzaga Belluzzo e a
professores da USP, como Laura Carvalho, propostas para a confecção de
um programa econômico. O mote de sua plataforma será o estímulo ao
consumo "com responsabilidade fiscal".
Mesmo
o tradicional aliado PCdoB, porém, já faz previsões para se descolar do
PT, lançando o governador do Maranhão, Flávio Dino, à sucessão do
presidente Michel Temer. Os
petistas não têm Plano B para o caso de Lula ser impedido de disputar a
Presidência, se for condenado na Justiça em segunda instância e virar
"ficha suja". Atualmente, o ex-presidente é alvo de cinco ações penais,
sendo três no âmbito da Lava Jato, mas, mesmo assim, lidera as pesquisas
de intenção de voto.
À
beira de um racha, o PT tem alas que veem com simpatia o aval a Ciro
Gomes (PDT), caso Lula não possa concorrer. A adesão a Ciro, porém,
ocorreria somente em último caso. O grupo que defende essa alternativa
quer uma "operação casada", na qual o ex-prefeito de São Paulo Fernando
Haddad seria candidato a vice. A hipótese nem de longe tem a maioria do
partido.
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