Postado Por Madalena França
O site The Intercept Brasil divulgou neste sábado (19) novas mensagens sobre o ex-juiz Sérgio Moro, mostrando mais violações à Constituição Federal e ao devido processo legal. “Russo”, como é chamado Moro por procuradores e delegados, chefiava não só o Ministério Público Federal, mas também a Polícia Federal.
[Moro ainda continua a comandar a PF, só que agora por força hierárquica; o órgão faz parte da estrutura do Ministério da Justiça]. O ex-juiz era quem, de fato, dirigia a força-tarefa Lava Jato. Ele batia o escanteio, corria na área para cabecear e ainda agarrava a bola no gol –quando interessava.
O sistema acusatório penal brasileiro, previsto na Constituição, veda o conluio entre acusação e julgador. Mas Moro nunca esteve nem aí para as ilegalidades que cometia, revelam as conversas no aplicativo Telegram. Delegados da PF e procuradores da força-tarefa mantinham uma devoção canina ao atual ministro da Justiça.
Segundo da #VazaJato, Sérgio Moro deferiu a busca e apreensão contra o ex-presidente Lula, em março de 2016, que não foi pedida por ninguém. Os §§ 1º e 2º do art. 240 do Código de Processo Penal estabelece que a busca e apreensão estão autorizadas somente se houver “fundadas razões” arguidas anteriormente.
“Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk”, escreveu Luciano Flores, delegado da PF alocado na Lava Jato, em fevereiro de 2016, no grupo Amigo Secreto — se referindo a Moro pelo apelido usado pelos procuradores e delegados.
“Como assim?!”, respondeu Renata Rodrigues, outra delegada da PF trabalhando na Lava Jato. O delegado Flores, em resposta, avisou ao grupo: “Normal… deixa quieto…Vou ajeitar…kkkk”. Veja os diálogos divulgados pelo site Intercept:
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