Até agora, a localidade foi atingida apenas por fragmentos do material, diferentemente de outras regiões, de onde foram retiradas toneladas de piche.
Vista aérea Porto de Galinhas, Pernambuco, Brazil (//iStock)
Por Redação da Veja
O óleo pesado, parecido com piche, que vem atingindo as praias do litoral nordestino há 50 dias, chegou neste sábado, 19, à praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, um dos destinos mais famosos do país, graças às suas piscinas naturais.
Porto de Galinhas, no entanto, foi bem menos afetada que outras regiões, pelo menos até agora. Hoje pela manhã, as equipes de limpeza, auxiliadas por centenas de voluntários, conseguiram recolher o material com pequenas pás e com as próprias mãos.
A situação foi bem diferente da ocorrida na Praia dos Carneiros, mais ao sul do estado. Em Carneiros, outro destino paradisíaco do litoral nordestino, foram retiradas cerca de 20 toneladas de óleo viscoso. Por lá, a remoção foi feita com máquinas retroescavadeiras.
Ao todo, foram removidas cerca de 30 toneladas de resíduos, em todo litoral pernambucano, totalizando 50 toneladas coletadas nos últimos dois dias. Também foi removido material em alto mar por um dos barcos contratados pelo governo do estado. A embarcação trabalhou nas imediações da praia de Muro Alto, em Ipojuca, já na localidade de Porto de Galinhas.
Nos últimos dias, as manchas de óleo apareceram em maior volume em Alagoas e Pernambuco. Aparentemente, o material está sendo levado pelas correntes marinhas rumo ao norte da região Nordeste. No entanto, não é possível saber se as praias que já foram limpas serão atingidas novamente, já que ainda não se sabe a origem do petróleo.
Neste sábado, foram encontrados fragmentos de petróleo nas praias do Reduto, em Rio Formoso; Boca da Barra, em Tamandaré; Barra de Sirinhaém, em Sirinhaém; Mamucabinhas, em Barreiros; Pontal de Maracaípe, Cupe e Muro Alto, em Ipojuca. Manchas de óleo ainda foram observadas nos estuários dos rios Formoso (Tamandaré); Persinunga (São José da Coroa Grande); Mamucabas (Barreiros) e Maracaípe (Ipojuca).
Madalena França via Magno Martins
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