(Carlos Cavalcanti – Redator Interino)
Bastam cinco minutos de conversa com o aposentado Davi Santiago, pai do advogado e músico Davi Lima Santiago Filho, morto após esbarrar em um fio de alta tensão da Celpe, para compreender a necessidade e a importância de acompanhar de perto a tramitação do projeto de lei que obriga as concessionárias de energia elétrica a embutir sua fiação.
De autoria do deputado federal Eduardo da Fonte (PP), o texto, se tivesse sido aprovado pelo Congresso Nacional em tempo hábil, e as medidas previstas acatadas, talvez tivesse poupado as cinco vidas ceifadas após a morte do pernambucano.
Após perder seu filho, Davi Santiago encabeçou uma campanha que tem por objetivo pressionar nossos congressistas a votarem a matéria em caráter de urgência. Uma causa nobre e que, segundo o próprio, não é movida por interesses próprios, mas por medo de ver outros pais e mães serem obrigados a sentir a dor que lhe foi imputada pela Celpe.
É imprescindível que a sociedade como um todo se empenhe na causa. A negligência da companhia no tocante à segurança pública é um absurdo, tendo, inclusive, chamado a atenção da mídia nacional.
A imprensa não deve e não pode assumir o papel da justiça e condenar fulano ou beltrano, mas pode – e deve – contribuir de forma a ajudar a construir uma sociedade melhor e mais justa, cobrando, sempre que possível, a melhoria nos mais diversos tipos de serviços oferecidos à população, sejam eles públicos ou privados.
E no caso da Celpe, os serviços prestados, além de ser de péssima qualidade, não oferecem o mínimo de segurança ao consumidor final. E é por esse desleixo que a população deve cobrar das autoridades não apenas medidas de proteção, mas a punição dos culpados por permitir, de uma forma ou de outra, que vidas sejam ceifadas a torto e a direito.
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