Michel Temer disse hoje que a intervenção na segurança do Rio de Janeiro “é uma jogada de mestre, mas nada eleitoral”.
E aformou que “”em política, as circunstâncias é que ditam a conduta. E as atuais mostram que não sou candidato. Eu não serei candidato”.
Pena ter “morrido”, há mais de dez anos, a Velhinha de Taubaté, o personagem do Luís Fernando Veríssimo que era, segundo ele, “a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo”.
Até a crendice da pobrezinha ia ser colocada á prova, nesta.
Porque Temer assumiu que é nesta “jogada de mestre” da intervenção que reside o sucesso ou inssucesso de seu governo:
— Se não der certo a intervenção, não deu certo o governo.
Até no “tem que dar certo”, Michel Temer virou a cara de José Sarney, como se escreveu aqui:
Nada mais parecido com a nulidade malandra que foi José Sarney como Presidente da República do que Michel Temer, até mesmo na ascensão ao governo sem os votos que jamais teria.
A linguagem de Temer, hoje, infelizmente, torna exata a expressão “nulidade malandra”
O pouco que puder vir de útil desta aventura, se houver, virá da prudência e da qualidade pessoal dos chefes militares, que há dias se esforçam – e suportam críticas que, até agora, ainda estão longe de merecer – para consertar o quadro de improvisos e falta de planejamento em que se viram atirados na “jogada” de Temer.
Temer conta com os louros de uma improvabilíssima vitória contra o crime, deixando ao Exército as dificuldades e percalços.
E mente, mente, mente desbragadamente sobre a candidatura que, se não assumir, será porque sua “jogada de mestre” não foi capaz de mudar a figura de anão com que entrará para a história, como entrou sua versão de três décadas atrás, José Sarney.
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