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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

PEDIDO DE LULA AO STF VENCERÁ POR 7 A 4



A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia está usando mal o principal poder do cargo de presidente daquela Corte, o poder de escolher o que será discutido. Usa esse poder para impedir uma discussão que a sociedade reclama que seja discutida.
Cármen Lúcia vem atuando com viés claramente político ao protelar a discussão da prisão em segunda instância. O objetivo é claro: esperar que ocorra a prisão de Lula para discutir o assunto, já que a tendência majoritária daquela Corte é a de modificar a jurisprudência que passou a permitir que condenados duas vezes pela Justiça possam ser presos antes que todos os recursos às instâncias superiores se esgotem.
Desde que assumiu a Presidência do STF, Cármen Lúcia vem demonstrando grande apreço por holofotes, produzindo, invariavelmente, declarações do interesse sobretudo da Globo.
Ao se recusar a colocar em pauta a discussão sobre a segunda instância, Cármen Lúcia tenta ganhar tempo para a decretação da prisão de Lula pelo TRF4, já que é mais do que certo que aquela Corte rejeitará qualquer recurso do ex-presidente.
Porém, a atitude politiqueira de uma pessoa que ocupa um cargo de tão alta responsabilidade está revoltando o corpo do STF. Ministros estão dando declarações contradizendo a fala recente de Cármen Lúcia no sentido de que o Supremo se “apequenaria” se deliberasse sobre prisão após condenação em segunda instância por Lula ter pedido habeas corpus.
Nos últimos dias, vários ministros do STF deram declarações contradizendo a presidente. O ministro Marco Aurélio Mello, por exemplo, diz que tem que votar, sim, a prisão após condenação em 2ª instância e que se dane se a opinião pública não gostar. Essa é uma declaração sensata, porque juiz não é competidor do Big Brother, que tem que agradar o público.
Mas a declaração mais contundente e surpreendente vem de Celso de Mello, que jamais foi acusado de simpatia pelo PT ou por Lula.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o ministro Celso de Mello não só disse que discorda da opinião de Carmén Lúcia de que o Supremo se “apequenaria” se votasse a questão por causa de Lula como ainda deu a informação de que, agora, não são mais seis, mas sete os ministros favoráveis a mudar a jurisprudência sobre prisão após condenação em 2ª instância.
Mas a informação mais importante sobre esse assunto está em nota na coluna Painel da Folha de São Paulo de sábado, 24 de fevereiro. A insuspeita coluna – de um jornal insuspeito de ser “petista” – diz que ministros do Supremo acreditam que a prisão de Lula pode desencadear uma “crise generalizada” no país.
Mas de que “crise” a Folha de São Paulo está falando? A mídia não vive dizendo que podem prender Lula à vontade que o povo não estará nem aí?
Essa gente que diz isso não vive no país real. Não reflete sobre por que Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente da República mesmo tendo sido condenado pela Justiça.
Todo idiota funcional dirá que só burro apoia Lula. Só idiotas diriam isso porque a decisão de quem foi beneficiado por Lula de defendê-lo detém a mais pura lógica. Há uma razão racional para esse apoio.
Essa gente não entende que quanto mais o tempo passar, mais o país vai empobrecer graças à reforma trabalhista, que está fazendo as empresas demitirem funcionários protegidos pela CLT para contratar outros sob as novas leis trabalhistas, que tiram a proteção legal aos trabalhadores.
Agora imagine se, com o país atravessando um processo de empobrecimento como está, prenderem o homem que concentra as esperanças da maioria dos brasileiros de as coisas voltarem ao que eram entre 2003 e 2014.
Qualquer pessoa racional perceberá que isso causará entre o povão uma sensação de estar sendo roubado, de o jogo eleitoral estar sendo fraudado.
O resultado disso é imprevisível.
Na verdade, além de a prisão de Lula estar ficando cada vez mais difícil, a pressão interna e externa no Brasil vai acabar fazendo o mesmo STF conceder uma liminar permitindo que Lula dispute a eleição presidencial de 2018.
As Cortes inferiores podem fazer demagogia, mas o Supremo tem que respeitar a Constituição, ou este país irá afundar mais do que já afundou.
Se o Brasil não eleger um governo que desfaça todas as atrocidades que Michel Temer perpetrou na Presidência da República, uma convulsão social incontrolável será questão de tempo. Quem viver, verá.
Assista à reportagem em vídeo, abaixo

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