16 de novembro de 2018
Os servidores públicos que coloquem as barbas de molho porque o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) estuda cortar os salários a níveis do Chile, ou seja, em até 50%, segundo relatório estratégico da transição obtido pelo Blog do Esmael (leia abaixo).
“A massa salarial do setor público brasileiro atingiu 13,1% do PIB em 2015, superando Portugal e França, que registravam massas salariais mais altas que o Brasil há uma década. Países como a Austrália e os EUA, possuem massas salariais consideravelmente menores (cerca de 9% do PIB), ao passo que o Chile, uma nação latino-americana de renda média, gastou somente 6,4% do PIB”, diz um trecho do estudo.
Bolsonaro tem usado bastante o modelo chileno que consiste em menos direitos sociais e mais liberalismo econômico. É do país andino que o presidente eleito busca inspiração para a previdência em regime de capitalização, isto é, sem empresas nem governo. São os próprios trabalhadores que precisam literalmente se virar para garantir sua aposentadoria na velhice.
Para o estudo estratégico da transição, conforme já anunciado aqui, os “altos salários” dos servidores são um entrave para o desenvolvimento do país. Por isso, ainda de acordo com o documento, sugere que os vencimentos do servidor público sejam equipados ao do trabalhador da inciativa privada.
“Os altos níveis de gastos são impulsionados pelos altos salários dos servidores públicos, e não pelo número excessivo de servidores. Isso se verifica principalmente na esfera federal, onde os salários são significativamente mais altos que aqueles pagos a servidores dos governos subnacionais, ou a trabalhadores em funções semelhantes no setor privado.”
Por Madalena França
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